O candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, pode, sob o ponto de vista clínico, participar de debates, se assim desejar. Porém, com a condição de que seja rápido, no máximo de 20 a 30 minutos, e numa posição confortável, como por exemplo sentado numa poltrona. A avaliação é do médico responsável pelo tratamento do deputado federal.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo, chefe da equipe médica que operou o candidato, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP), e responsável pelo tratamento do presidenciável, falou em entrevista exclusiva à Agência Brasil nesta quinta, dia 18 de outubro.
Questionado se Bolsonaro poderia participar de debates, Macedo responde: "Com certeza". Mas faz ressalvas do tempo máximo de duração do debate. Segundo ele, o candidato não poderia, por exemplo, ficar muito de pé, como tem sido o formato da maioria dos debates televisivos. "Teria que ser acomodado numa poltrona confortável", afirma o médico.
Exames
Na manhã desta quinta (18), os médicos Antônio Luiz Macedo e Leandro Echenique chegaram à casa de Bolsonaro no Rio de Janeiro (RJ), por volta das 9h45 e deixaram o local às 11h20. Eles evitaram falar com a imprensa. Em seguida, houve duas notas da equipe médica informando que o candidato está com evolução clínica e nutricional, mas sem esclarecer se ele poderia voltar às atividades normais.
A cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia está prevista para ser feita a partir do dia 12 de dezembro e requer duas semanas de recuperação.
Bolsonaro foi alvo de um atentado em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em 6 de setembro, quando Adélio Bispo o atingiu com uma faca no abdômen. O candidato foi submetido a duas cirurgias, uma em Juiz fora, e outra no Albert Einstein.
(com Agência Brasil)