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Após crítica de Bolsonaro, OAB defende exame

'Para aferir a qualidade do ensino do Direito', diz presidente da ordem


postado em 26/11/2018 07:58 / atualizado em 26/11/2018 08:04

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Cláudio Lamachia, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em nota enviada à imprensa no domingo, dia 25 de novembro, respondeu às críticas do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre a exigência de exame da entidade para os formandos em Direito para poderem advogar. O teste é considerado de qualificação e difícil pelos estudantes.

"O exame de ordem é um importante meio para aferir a qualidade do ensino do Direito", comenta Lamachia, ressaltando que provas semelhantes existem nos Estados Unidos, Japão e Europa.

O presidente da OAB acrescenta na nota que o "objetivo é preservar a sociedade de profissionais que não detenham conhecimento suficiente para garantir o resguardo de direitos fundamentais, como a liberdade, a honra e o patrimônio das pessoas".

No começo da tarde de domingo (25), no Rio de Janeiro (RJ), Bolsonaro criticou a possibilidade de aplicar o Revalida aos profissionais formados no Brasil e associou o exame ao realizado pela OAB. "Eu sou contra o Revalida para os médicos brasileiros, senão vai desaguar na mesma situação que acontece na OAB. Não podemos formar jovens e depois submetê-los a ser boys de luxo em escritórios de advocacia", diz o presidente eleito em conversa com jornalistas.

Por sua vez, Cláudio Lamachia defende a realização das provas pela OAB: "É sempre importante esclarecer que o exame de ordem não tem número de vagas limitado, todos os que atingem a pontuação mínima podem vir a exercer a advocacia".

Por fim, a OAB informa que está em "busca constantemente do aperfeiçoamento dos cursos de Direito no país, requerendo inclusive maior controle por parte do Ministério da Educação para a autorização de abertura de novas vagas".

(com Agência Brasil)

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