Em conversa com jornalistas na última quarta, dia 7 de novembro, o presidente eleito Jair Bolsonaro reiterou a possibilidade de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Avivi para Jerusalém. "Quem decide a capital do estado é o respectivo estado. Não vejo o porquê desta celeuma toda", diz o ex-capitão do Exército, após reunião com o ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o juiz federal Sergio Moro, futuro ministro da Justiça.
A cidade de Jerusalém está no centro de confrontos e disputas entre palestinos e israelenses, já que ambos os povos reivindicam o local como sendo sagrado. Para evitar o agravamento da situação, os países consideram Tel Aviv como a capital administrativa de Israel e é lá que ficam as representações diplomáticas internacionais.
Em dezembro do ano passado, no entanto, o presidente americano Donald Trump anunciou a decisão de transferir a representação dos Estados Unidos em Israel. Em maio deste ano, foi inaugurada a embaixada dos EUA em Jerusalém provocando reações e conflitos na região.
Proximidade
Jair Bolsonaro também comentou a proximidade física da embaixada da Autoridade Nacional Palestina do Palácio do Planalto. Uma área destinada a representações diplomáticas estrangeiras fica a três quilômetros de distância do palácio. "Ainda vamos discutir este assunto. O problema ali é que ela [embaixada da Palestina] está muito próxima do Palácio do Planalto. Nenhuma embaixada poderia estar assim tão próximo do presidente da república. Nenhuma", afirma o presidente eleito.
Questionado sobre se a mudança da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém não causaria prejuízos comerciais e econômicos, o presidente eleito negou a possibilidade. "Ninguém quer perder negócios. Prematura é qualquer retaliação, de uma parte ou de outra, por uma coisa que ainda não aconteceu, mas pode acontecer", reclama.
(com Agência Brasil)