Com o anúncio do almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior para o futuro comando do Ministério de Minas e Energia, serão sete militares na equipe ministerial do presidente da república eleito Jair Bolsonaro. Até agora, 20 ministros já foram definidos pelo ex-capitão do Exército. O próximo governo deverá ter 22 ministérios, sete a menos que a composição atual comandada por Michel Temer.
Bento Albuquerque é o único da Marinha. O Exército será representado por três generais: Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que assumirá como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Fernando Azevedo e Silva, na Defesa; e Carlos Alberto Santos Cruz, que vai ser secretário de governo.
A Aeronáutica será representada pelo tenente-coronel Marcos Pontes, indicado para o Ministério de Ciência e Tecnologia. Oficial da reserva, ficou conhecido por ter sido o primeiro astronauta brasileiro enviado para o espaço – feito ocorrido em 2006, numa parceria do governo brasileiro com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa).
Formação militar
Para o Ministério da Infraestrutura, foi confirmado Tarcísio Gomes de Freitas. Ele iniciou a carreira no Exército, mas acabou ingressando, por concurso, no quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). É formado em engenharia civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti.
Gomes Freitas comandará os setores de transporte aéreo, terrestre e aquaviário, além dos projetos de melhoria da logística do país. Ele é ex-diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura Transporte (Dnit).
Há ainda o atual ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, que já foi capitão do Exército, e permanecerá no cargo no futuro governo.
Comandos
O general Fernando Azevedo e Silva, que assumirá a Defesa, anunciou no último dia 21, os nomes dos próximos comandantes das Forças Armadas.
O novo comandante do Exército será o general Edson Leal Pujol; o chefe da Marinha será o almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior (atual chefe do Estado-Maior da Armada); e o da Aeronáutica, o tenente brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez.
Bolsonaro manteve a tradição das Forças Armadas de escolher os oficiais mais antigos da ativa nos comandos.
(com Agência Brasil)