A advogada Damares Alves assumirá o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro. O nome foi anunciado nesta quinta, dia 6 de dezembro, pelo ministro extraordinário da transição Onyx Lorenzoni, que está confirmado na Casa Civil. Ela é assessora do senador Magno Malta (PR-ES).
O novo ministério também vai agregar a Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pela demarcação de terras indígenas e políticas voltadas para esses povos.
Com o anúncio desta quinta (6), a futura equipe ministerial de Bolsonaro já conta com 21 nomes. Segundo Lorenzoni, o presidente eleito continua refletindo sobre o nome do titular do Ministério do Meio-Ambiente, última pasta a ser definida.
Apoiada por setores evangélicos, Damares Alves, que também é pastora, em entrevista coletiva, diz que terá como prioridade as políticas públicas para mulheres. Segunda ela, o objetivo é avançar nas metas que ainda não foram alcançadas e propôs um pacto nacional pela infância.
"A pasta é muito grande, muito ampla e agora a gente está trazendo para a pasta a Funai. Nós vamos trazer para o protagonismo políticas públicas que ainda não chegaram até às mulheres, e às mulheres que ainda não foram alcançadas pelas políticas públicas", comenta a futura ministra.
De acordo com Damares Alves, a prioridade será para a "mulher ribeirinha, a mulher pescadora, a mulher catadora de siri, a quebradora de coco". "Essas mulheres que estão anônimas e invisíveis, elas virão para o protagonismo nessa pasta. Na questão da infância, vamos dar uma atenção especial, porque está vindo para a pasta também a Secretaria da Infância, e o objetivo é propor para a nação um grande impacto pela infância, um pacto de verdade pela infância", diz a pastora.
Funai
A futura ministra nega que dificuldades e controvérsias envolvendo a Funai serão problemas.
Pela manhã, indígenas de diversas etnias, vinculados à Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib), estiveram no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília (DF), onde vem sendo realizada a transição governamental, e protestaram contra a desvinculação da Funai do Ministério da Justiça.
Os indígenas entregaram uma carta a integrantes do governo de transição. Dois representantes do grupo se reuniram com integrantes da equipe de Bolsonaro. Segundo os indígenas, a manutenção da autarquia na pasta da Justiça daria mais segurança na defesa de seus direitos.
(com Agência Brasil).