Considerada por muita gente como uma função meramente "figurativa", o cargo de vice-presidente da república, que tem a função de substituir o presidente nas suas ausências e impedimentos, poderá ter novas atribuições que não são relacionadas na Constituição. Um projeto de lei em análise no Senado quer ampliar as obrigações do ocupante do Palácio do Jaburu, em Brasília (DF).
De autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 21, de 2019, oficializa as responsabilidades do vice-presidente no assessoramento do presidente. O vice deve dar assistência "direta e imediata" na coordenação das ações de governo, no monitoramento dos órgãos, na supervisão dos ministros e nas análises de políticas públicas. Além disso, fica à disposição do presidente para missões especiais e outras atribuições que vierem a ser designadas.
O vice também fica responsável pela coordenação e secretariado do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, função que anteriormente cabia à Casa Civil. O projeto também reforça a participação do vice nos conselhos da república e de Defesa Nacional – isso já é garantido na Constituição.
Veneziano destaca ainda no texto que as funções específicas do vice-presidente são uma lacuna no texto constitucional. A previsão sempre existiu, mas nunca houve uma lei complementar para preencher o conteúdo. O senador explica que as atribuições listadas no seu projeto são "intrinsecamente ligadas" à figura do vice-presidente.
O PLP 21/2019 está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde terá como relator o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Caso seja aprovado, seguirá para votação no plenário da casa.
(com Agência Senado)
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Projeto quer ampliar funções do vice-presidente
Cargo pode deixar de ser 'figurativo'
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