Em entrevista à revista Encontro, publicada em maio deste ano, o prefeito Fuad Noman (PSD) declarou, a respeito de sua intenção de concorrer à reeleição: "Quando eu nasci, meu pai era garçom. Eu também fui garçom. Servir está no meu sangue". Restava saber se os belo-horizontinos iriam pedir: 'Mais uma rodada, Fuad'.
A resposta veio com a abertura das urnas neste domingo, quando os eleitores da capital mineira resolveram mantê-lo no prédio em estilo art déco projetado pelo arquiteto Luiz Signorelli, na Avenida Afonso Pena, em frente ao Parque Municipal. Fuad foi reeleito com 53,73% dos votos válidos. Bruno Engler (PL) ficou com 46,27%, apesar de ter angariado apoios de peso, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador Romeu Zema e do deputado federal Nikolas Ferreira.
Dono de um estilo peculiar, com seus suspensórios coloridos ("Eu sempre fui gordinho e gordo ou usa a calça embaixo da barriga, o que eu acho horrível, ou em cima da barriga, mas aí o cinto aperta. Por isso, eu digo que o suspensório é um acessório que garante conforto."), ele afirmou, durante toda a campanha, que sua gestão era bem avaliada e que os eleitores o escolheriam quando soubessem que era o autor das obras que são vistas pelos quatro cantos da cidade. A estratégia era, então, mostrar quem é o rosto por trás das realizações. Deu certo.
Um pouco antes de iniciar a corrida eleitoral, Fuad anunciou que estava em tratamento contra um câncer na região abdominal. Neste mês, disse que havia feito a última sessão de quimioterapia e que tinha sido liberado pelos médicos. "A doença não me abateu", afirmou. Agora, ele tem mais uma vitória para comemorar.