"Mauro pinta com o coração, a voz do silêncio", diz a artista plástica e galerista Beatriz Abi-Acl. Em suas obras, temáticas sociais como a urbanidade contrastam com elementos da natureza, por onde também perpassam figuras humanas. Aos 66 anos, Mauro diz que o gosto pela arte surgiu cedo, ainda no tempo de primário, sem nenhuma influência de familiares, e foi se aprimorando com o tempo.
Anos depois, aos 25 anos, realizou sua primeira exposição, na cidade mineira de Barbacena. Desde então, participou de vários trabalhos coletivos e individuais e possui obras expostas em conceituadas galerias de arte, entre elas, o Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte, e a France Libertés, em Paris. No início do ano, esteve na Colorida Art Gallery, em Lisboa, onde apresentou a série Mauro Silper – Pinturas. "Busco sempre temas inusitados. Minha última exposição no Brasil, chamada Intracenas, foi inspirada em uma palavra que minha filha comentou, a conurbação, que se refere à formação de aglomerados urbanos", explica.
A mulher dele, Cristina Fonseca, é também sua produtora e, claro, a principal admiradora. "O trabalho do Mauro é feito com muita sensibilidade e beleza. Ele é artista 24 horas por dia", diz Cristina.
No momento, Mauro organiza uma exposição, ainda sem data definida, no Rio de Janeiro, e aguarda o lançamento de um livro com obras de 30 artistas brasileiros, incluindo as dele, que será publicado em três volumes. "Fico muito feliz em ter sido convidado a participar desse projeto. É o reconhecimento da arte nacional", diz.
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