
"Mauro pinta com o coração, a voz do silêncio", diz a artista plástica e galerista Beatriz Abi-Acl. Em suas obras, temáticas sociais como a urbanidade contrastam com elementos da natureza, por onde também perpassam figuras humanas. Aos 66 anos, Mauro diz que o gosto pela arte surgiu cedo, ainda no tempo de primário, sem nenhuma influência de familiares, e foi se aprimorando com o tempo. Mas foi na década de 1970 que se iniciou na pintura profissionalmente. "Nessa época, eu morava em Nova York e, nos fins de semana, expunha alguns trabalhos na Washington Square", diz.
Anos depois, aos 25 anos, realizou sua primeira exposição, na cidade mineira de Barbacena. Desde então, participou de vários trabalhos coletivos e individuais e possui obras expostas em conceituadas galerias de arte, entre elas, o Museu Histórico Abílio Barreto, em Belo Horizonte, e a France Libertés, em Paris. No início do ano, esteve na Colorida Art Gallery, em Lisboa, onde apresentou a série Mauro Silper – Pinturas. "Busco sempre temas inusitados. Minha última exposição no Brasil, chamada Intracenas, foi inspirada em uma palavra que minha filha comentou, a conurbação, que se refere à formação de aglomerados urbanos", explica.

A mulher dele, Cristina Fonseca, é também sua produtora e, claro, a principal admiradora. "O trabalho do Mauro é feito com muita sensibilidade e beleza. Ele é artista 24 horas por dia", diz Cristina.
No momento, Mauro organiza uma exposição, ainda sem data definida, no Rio de Janeiro, e aguarda o lançamento de um livro com obras de 30 artistas brasileiros, incluindo as dele, que será publicado em três volumes. "Fico muito feliz em ter sido convidado a participar desse projeto. É o reconhecimento da arte nacional", diz.