

Outra característica da escalada é poder ser praticada por qualquer pessoa, independentemente de idade ou sexo. Influenciada pelo namorado, Thiago Bruno Gischewski, de 27 anos, engenheiro mecânico já experiente no esporte, a estudante Paula Reis Guimarães, de 24 anos, começou a escalar há pouco tempo. "No início, achei difícil, mas agora percebo o quanto esse esporte faz bem para o corpo e a mente", diz a estudante.
Para praticar escalada e se manter seguro junto aos paredões, é necessário o uso de proteções fixas, como grampos previamente instalados na rocha pelo conquistador da via, ou seja, o atleta que escalou o percurso pela primeira vez. "Os equipamentos de segurança são fundamentais. Entre eles, cordas, freio, cadeirinha, sapatilha e capacete", diz César Augusto Corrêa, de 32 anos, guia de turismo especializado em escalada. Na maioria das vezes, o esporte é praticado em dupla. Dessa forma, enquanto um escala, o outro faz a segurança no solo. Experientes, o empresário Cláudio Mourthe, de 50 anos, e o amigo Leonardo Rodrigues, auditor, de 35 anos, apostam na adrenalina para enfrentar a subida com equipamento móvel. Nesse caso, não há vias previamente inseridas na rocha, e o risco de queda é bem maior. "É uma aventura consciente e segura. É uma verdadeira válvula de escape do estresse diário", diz Cláudio.
Minas Gerais é referência no cenário da escalada nacional e internacional e abriga o maior paredão vertical do Brasil, a chamada Pedra Riscada, localizada em São José do Divino, que possui nada menos que 1.200 m de altitude. "Os atletas mineiros estão entre os melhores do país. E Belo Horizonte é conhecida como um dos principais centros do esporte no Brasil, abrigando pelo menos quatro ginásios de escalada de alto nível", diz Rafael Gribel, presidente da Federação de Montanhismo e Escalada de Minas Gerais (Fememg).
Outra modalidade é a indoor, praticada em academias especializadas em paredes artificiais que chegam a comportar 100 pessoas. "Esse tipo de escalada possui as mesmas características das praticadas na natureza, inclusive os vários graus de dificuldade, mas com a conveniência da cidade", explica o empresário Yan Lages Ouriques, da academia Rokaz. Foi praticando a modalidade que a médica-cirurgiã Renata de Moura Vergara, de 34 anos, conseguiu equilibrar força, concentração e determinação. "Consigo renovar minhas energias para um novo dia de trabalho. Além disso, nos fins de semana, reunimos toda a família para praticar o esporte, que agrega união e diversão", diz.
