
Os medicamentos convencionais passaram a não ser mais tão eficientes. Em busca de soluções, a medicina veterinária abriu espaço para terapias complementares que surgiram com a proposta de ir muito além das questões físicas. Percebeu-se que boa parte dos distúrbios apresentados pelos animais tinha fundo emocional. Em dada ocasião, o veterinário Denerson Ferreira Rocha, da Clínica Vida Animal, atendeu uma cadelinha que apresentava sintomas de vômito com sangue, em consequência de uma gastrite. Ao analisá-la, descobriu que ela era extremamente metódica e dominadora. Não gostava que mexessem em suas coisas e muito menos que invadissem o seu território. O medicamento indicado foi um homeopático que tratou a origem da doença, promovendo uma mudança comportamental. "Os sintomas acabaram. Ela ficou menos ansiosa e passou a ser sociável", diz.

A gatinha Mia, de 2 anos e meio, foi resgatada ainda filhote de uma lata de lixo pela pedagoga Michelle Barbosa. Após completar 1 ano, começou a apresentar feridas por todo o corpo que não cicatrizavam. O diagnóstico foi uma doença autoimune chamada lúpus. "Passamos meses a tratando com corticoides e antibióticos e poucas melhoras foram observadas". Nas sessões de ThetaHealing, a origem do problema foi supostamente descoberta. As imagens mentais recebidas pelo veterinário mostraram que alguém na casa de Michelle passava por um sofrimento intenso e que a gatinha estava adoecendo em lealdade a essa pessoa, tomando para si a sensação de exclusão e rejeição que ela sentia. "Foi exatamente no período em que o meu pai estava com problemas de saúde e a família toda passava por um momento de muita tensão", diz. "Viemos buscar ajuda para a Mia e nós é que fomos ajudados."

O empresário de geotecnologia Christian Vitorino tem obtido bons resultados no tratamento da cadela Emma, cocker de 15 anos. Os problemas de coluna têm sido estabilizados com acupuntura, e a cicatrização de uma ferida aberta em consequência de um tumor maligno na mama está sendo feita com o auxílio do moxabustão. "Sou entusiasta desse tipo de tratamento. Eles melhoram muito a qualidade de vida do animal", diz. A indicação foi da veterinária Mayumi Mano, da Clínica Patativas, que explica que a técnica se baseia nos mesmos princípios da acupuntura, de equilibrar os meridianos de energia presentes no corpo, com a diferença de utilizar o calor para buscar a cura. "A terapêutica envolve a queima de bastões medicinais feitos da planta artemísia, que aquecem a região afetada reduzindo a dor e otimizando a cicatrização", explica Mayumi. E complementa: "Como os animais não são sugestionáveis e não possuem pré-conceitos, respondem muito bem a todas as terapias energéticas."