
Engajado na causa liberal, Salim chegou a ser cotado como candidato ao governo de Minas pelo partido Novo. Declinou do convite, mas participou ativamente da campanha e, depois dela, continuou atuando como conselheiro informal do governador eleito. Fez parte do grupo de empresários que apoiou publicamente Jair Bolsonaro ainda no primeiro turno, "O Brasil terá pela primeira vez em sua história um governo liberal na economia e conservador na família", diz. Aos 70 anos, recém-completados, Salim tomou uma decisão corajosa: vai dedicar sua vida, inteligência, saúde e tempo à causa pública. "Eu não tenho plano B", afirma. "Sou brasileiro, aqui estão meus amigos, minha família, e onde construí meus negócios."
Ele faz questão de exaltar o empresariado brasileiro: "São fenomenais", diz. "Sabem sobreviver à inflação, aos juros elevados, às crises e até à corrupção." É também duro crítico dos governos passados e, em particular, do PT. "Essa turma quase destruiu o país", afirma. "Felizmente, mandamos eles para casa."

Mineiro de Oliveira e neto de libaneses, seguiu o conselho do pai e começou sua empresa com seis Fuscas usados e financiados, em 1973. No início, sua família e a namorada torceram o nariz. O mundo vivia grave crise de petróleo. Ele não se amendontrou e seguiu em frente. Salim é, afinal, movido a desafios. O resultado, todos conhecem.
O Brasil, hoje, enfrenta uma de suas piores crises. Ele não hesitou diante do convite para recomeçar a vida: "Vou ser um servidor público exemplar", afirma. "Quero mudar o país." Façam suas apostas!