
Em 2016, quando Sergio assumiu o comando da siderúrgica, líder na produção de aços planos no Brasil, a companhia sentia forte os efeitos de um conflito entre a ítalo-argentina Terniun e a japonesa Nippon Steel. O mau humor dos acionistas crescia e deteriorava os resultados da empresa. No primeiro semestre de 2016, era difícil acreditar, mas a Usiminas quase foi à lona, correu o risco de entrar em recuperação judicial ou até mesmo de falir. "Começamos então um trabalho de recuperação e hoje temos uma empresa normal", diz. Os resultados de 2017 foram os melhores desde 2013, período anterior à crise. A empresa apurou lucro líquido de 315 milhões de reais. E os números de 2018 estão ainda melhores. Nos três primeiros trimestres, o lucro líquido chegou a 427 milhões de reais. Com o caixa voltando a ficar positivo, os sócios se reconciliaram e Sergio foi confirmado no cargo por mais dois anos, até maio de 2020.
Este foi, de fato, um ano de superação para a Usiminas. Em agosto um susto veio da fábrica em Ipatinga, mas a empresa conseguiu agir rápido. Na tarde de uma sexta-feira, o gasômetro que funcionava na área de aciaria da companhia, onde o ferro é convertido em aço, explodiu. O impacto do barulho foi sentido em alguns bairros da região. Trinta e quatro pessoas foram levadas para o hospital e quatro tiveram ferimentos, como cortes no corpo, mas foram liberadas no mesmo dia. Uma semana depois, a Usiminas comunicou ao mercado os motivos do acidente: uma falha no dispositivo de controle de uma válvula do equipamento permitiu que o ar entrasse, causando a explosão. "Estamos trabalhando na desmontagem e no projeto de um novo gasômetro, que deve entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2020."
