
Na Cultura Inglesa, as lousas interativas chegaram às salas de aulas há uma década, promovendo uma convergência de mídias. O celular é usado como ferramenta para comunicação entre escola, alunos e pais, além de favorecer o acesso a diversos aplicativos em que os conteúdos são explorados virtualmente. Agora, a parceria da escola com a plataforma Google for Education permite atividades como a produção de portfólios virtuais. "Procuramos estudar muito bem cada tecnologia antes de usá-la para garantir que as escolhas tragam de fato benefícios reais aos nossos alunos", diz Bruno Horta, professor e coordenador de tecnologia da Cultura Inglesa. Projetos como a realidade virtual e aumentada também estão em andamento na escola, assim como trabalhos que utilizam vídeos criados e editados pelos próprios alunos. "Antes, na sala de aula, usávamos uma foto da Tower Bridge, em Londres. Depois, o aluno passou a ver um vídeo", conta. "Com a realidade virtual, eu coloco o estudante diante da Tower Bridge. Ele vai até lá, volta e me conta tudo o que viu."

Antigamente, os diálogos reproduzidos em gravadores com foco na memorização ensinavam muita gente. Mas o tempo mostrou que para falar com fluência é preciso ter a vivência do idioma. Por isso, a partir das décadas de 1980 e 1990 o ensino passou a focar na produção da linguagem. As redes sociais, as últimas notícias dos jornais, o vídeo interessante postado no YouTube ou uma história do Instagram são conteúdos da sala de aula, conectada à realidade e ao dia a dia do aluno. "A intenção é que por meio da vivência e da experimentação o estudante aprenda o idioma. Hoje a tecnologia é uma ferramenta indispensável", diz Flávia Fulgêncio, diretora acadêmica do Green System. Solução de problemas da língua por meio de jogos, visitas guiadas pela realidade virtual e trabalhos com utilização da realidade aumentada estão na rotina dos alunos da escola. "Hoje os nossos investimentos em tecnologia e formação de professores são enormes e constantes. O professor nunca será substituído, mas o modo de ensinar está sempre mudando."

"A tecnologia, que está tão presente no mundo dos nossos alunos, trouxe um espaço ilimitado para a prática do idioma", observa Patrícia Viana, franqueada da unidade Mangabeiras da Number One. Uma das novidades da escola são aulas com o uso de multimídias em que os estudantes de vários níveis dividem o mesmo espaço. "Com a ajuda da tecnologia e do professor, eles preparam aulas e ensinam. À medida que ensina, o aluno também aprende", afirma.
Os alunos aprovam os novos métodos. A dentista Cleide Bicalho decidiu estudar inglês para aprimorar sua comunicação com estrangeiros. "Tenho um vocabulário rico porque viajo muito, mas precisava melhorar a gramática." Cleide, que retomou os estudos em janeiro, em um curso de verão, está animada. "As novas ferramentas fizeram o estudo ficar mais gostoso." No fim do ano ela pretende viajar para a Irlanda e tem um objetivo: "Quero interagir melhor com as pessoas do lugar, fazer amigos." A estudante de química Amanda Siqueira também está se dedicando porque pretende fazer uma especialização fora do país. Para além dos aparatos digitais que tornam o aprendizado mais rápido, ela gosta de extrapolar. "Sempre escuto conferências do TED Talks para melhorar minha compreensão." Seja qual for a tecnologia, o fato é que as novas ferramentas vieram para colaborar para a aprendizagem, mas não há mágica. Para fazer a fórmula dar certo, a dedicação de dois personagens continua indispensável: teacher and students.