O fisioterapeuta Filipe Martins Marques quase perdeu seu cão Tomy, da raça cocker spaniel: "Já era bem tarde quando ele passou mal. Mas como já tinha boas referências da clínica, fui atendido a tempo e conseguimos salvá-lo" - Foto: Violeta AndradaA perda de um
animal de
estimação é um medo que assombra a maioria dos tutores, especialmente em situações inesperadas, que fogem ao controle. A maioria não sabe como agir em casos de emergência. O fisioterapeuta Filipe Martins Marques, de 35 anos, sabe bem o desespero de se deparar diante do improvável. Em junho de 2018, um de seus
cães, Tomy, da raça cocker spaniel, de 7 anos, começou a vomitar sangue ininterruptamente. Ele havia engolido algum objeto desconhecido e já apresentava sinais de entrar em choque. O fisioterapeuta não pensou duas vezes e logo se dirigiu a uma clínica veterinária 24h. "Já era bem tarde e à noite tudo é mais difícil. Mas como já tinha boas referências do local, fui atendido a tempo e conseguimos salvá-lo", diz.
O animal foi submetido a endoscopia e ultrassom e passou por procedimento cirúrgico para a retirada do objeto.
Saber exatamente aonde ir em casos de imprevistos faz toda a diferença quando se trata de salvar a vida de um
animal de estimação. Para ser eficiente, um pronto socorro
pet precisa dispor de veterinários capacitados e infraestrutura completa. Isso porque a ausência de aparelhos de raio-x, ultrassom, eletrocardiograma, entre outros, leva a uma espera que pode ser irreversível. "Sem dúvida, o tempo sempre é um grande aliado", diz o veterinário Renato Filhusi Mariano, da Clínica Veterinária Anchieta, onde Tomy foi atendido.
O bancário Alisson Paulinelli Rocha precisa de atendimento especializado para a calopsita Lara: %u201CQuando ela entra em crise, chega a perder 30%
do peso em apenas uma semana. Os atendimentos de urgência são fundamentais para mantê-la viva%u201D - Foto: Violeta AndradaEm Belo Horizonte, a opção de clínicas
veterinárias 24h é ampla, o diferencial é a localidade e os serviços disponibilizados. No hospital veterinário São Francisco de Assis, a equipe é treinada para receber o animal em estado crítico. O que significa que quem chega à emergência é imediatamente atendido. "Contamos, inclusive, com
veterinário intensivista. E com todas as medicações e materiais necessários para esses casos", diz o veterinário Guilherme Brant Alencar. Ter um banco de sangue sempre abastecido e bloco cirúrgico disponível são quesitos fundamentais. Também é bom verificar se o local possui internação canina e felina, além de área de isolamento para casos especiais.
Em janeiro deste ano, a médica Sandra Lúcia Pinto Ribeiro, de 55 anos, precisou utilizar os serviços do hospital. Após um procedimento cirúrgico feito em outro local, sua gata, Morena, de 5 anos, da raça exótico, teve um rompimento completo da sutura, com evisceração e exposição da cavidade abdominal. "Se não fosse a eficiência do pronto atendimento, sem dúvida ela teria morrido", diz.
A gata Morena, da raça exótico, teve um rompimento completo da sutura, com exposição da cavidade abdominal: %u201CSe não fosse a eficiência do pronto atendimento, sem dúvida, ela teria morrido%u201D, diz a médica Sandra Lúcia Pinto Ribeiro - Foto: Violeta AndradaPara quem possui animais silvestres a situação é um pouco mais complicada. Isso porque nem todas as clínicas possuem especialistas na área.
O bancário Alisson Paulinelli Rocha, de 42 anos, precisa de atendimento especializado quando sua calopsita, Lara, de 2 anos, entra em crise. A ave de apenas 105 gramas, possui alguma doença que faz com que perca o apetite e vomite sem parar. "Quando isso ocorre, ela chega a perder 30% do peso em apenas uma semana. Os atendimentos de urgência são fundamentais para mantê-la viva", diz. A veterinária Marcela Ortiz, da Clínica Veterinária Gutierrez, é especializada na área. "Para salvá-la, precisamos entrar com sonda alimentar e algumas medicações", explica. O atendimento 24h de silvestres é uma novidade na Gutierrez e conta com o aporte da equipe de cirurgiões e anestesistas do local.
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