Para alçar voos mais ousados, no entanto, os empreendedores precisaram de uma forcinha. Participaram do Fiemg Lab, programa de aceleração para startups. Foi aí que encontraram o UpTech, braço de inovação do Grupo BMG. A Holobox foi, então, catapultada. "Recebemos uma ajuda financeira. O mais importante, contudo, não foi isso. Ganhamos mais visibilidade. Passamos a ser indicados e novas oportunidades nos foram oferecidas. Isso, nem dinheiro compra", diz Bruno Westin, um dos sócios na Holobox, a caminho da China, para onde pretende levar parte da fabricação de seus produtos.
A parceria com a Bossa Nova Investimentos, de Pierre Schurmann e João Kepler, possibilitou, de acordo com Rodolfo, ganho em experiência e a consolidação do propósito da empresa. Em outras palavras, não basta ter uma ideia para ganhar a atenção deles. "Investimos apenas em startups que já têm pelo menos um pequeno faturamento. Se uma ideia atrai clientes é sinal de que ela está sendo validada", diz Rodolfo. O objetivo do BMG UpTech é identificar startups cujos negócios sejam viáveis. A partir daí, o banco investe no seu desenvolvimento e as coloca em contato com o mercado, ou seja, com possíveis compradores das soluções.

A Psicologia Viva, plataforma digital que conecta psicólogos e pacientes, é outro exemplo de startup que está voando baixo depois de conhecer o UpTech. "Atualmente, registramos pelo menos 7 mil consultas por mês", diz Fabiano Carrijo Justino, um dos quatro sócios da plataforma. "Por meio do UpTech, aprendemos a lidar com o investidor e a negociar com ele. Passamos a entender o nosso modelo de empresa com o objetivo de crescer", afirma. A meta é ousada. "Queremos ser referência em saúde mental na América Latina", afirma Fabiano.
Para quem tem uma ideia ou o famoso sonho de criar uma startup e ganhar muito dinheiro, Rodolfo Santos, CEO do BMG UpTech, dá uma dica: "Ideia no papel não vale nada. Quanto mais falar sobre ela com outras pessoas, melhor", afirma.