Estado de Minas ESPECIAL

Mineiros do Ano 2019 | Daniel Borja

Com pulso forte, o presidente da ABCCMM comemorou em 2019 os 70 anos da entidade. A exposição nacional do Mangalarga Marchador, em julho, registrou recorde de público e de negócios


postado em 15/01/2020 17:14 / atualizado em 17/01/2020 16:01

Daniel Borja, presidente da ABCCMM:
Daniel Borja, presidente da ABCCMM: "O cavalo é paixão, hobby, sonho. Tudo que envolve paixão, muitas vezes vale mais do que o próprio negócio" (foto: Alexandre Rezende/Encontro)
Os universo que envolve o cavalo Mangalarga Marchador está em pleno galope. Só em 2019, a venda de animais cresceu 15% e os leilões movimentaram cerca de 130 milhões de reais. A raça gera cerca de 40 mil empregos diretos e 200 mil indiretos. Nos últimos 12 meses foram feitos mais de 300 eventos no Brasil e a 38ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, realizada em julho no Parque de Exposições Bolivar de Andrade (Parque da Gameleira), registrou recorde de público e negócios. Cerca de 220 mil pessoas visitaram a exposição, que recebeu cerca de 1,7 mil animais e movimentou mais de 30 milhões de reais nos doze dias do evento, ante 23 milhões em 2018.

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Perfil:

Daniel Figueiredo Borja, 47 anos
  • Nasceu em Belo Horizonte

  • Casado, dois filhos

  • Empresário do ramo de loteamento imobiliário e presidente da ABCCMM
Parte do crescimento da raça nos últimos anos pode ser atribuída ao pulso forte e à agilidade do presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), o empresário Daniel Borja, reeleito em janeiro para seu segundo mandato com 57% dos votos válidos. A associação completou 70 anos em 2019. Quando Daniel assumiu a presidência em sua primeira gestão, em janeiro de 2016, a entidade tinha 11 mil associados. Hoje são 18,5 mil, com mais 640 mil animais registrados. Ele é incansável quando o assunto é fomentar o Marchador e dar mais transparência aos eventos e balanço da associação. Os números da última exposição nacional antes de Daniel assumir não foram animadores: um prejuízo de 500 mil reais. Atualmente, ela gera 1 milhão de reais de lucro.

Esse lucro - e o dinheiro arrecadado ao longo do ano - está sendo reinvestido nos 80 núcleos que a associação tem Brasil afora. "Ganhamos mais agilidade e rapidez nas ações e parte administrativa. A associação hoje é uma grande potência, empresa profissional", afirma. Daniel implantou também o que chama de "pendência zero". Nenhuma demanda dos associados pode ficar sem solução. "Quando entramos aqui tinha muito documento parado, travado", diz. Nesta segunda gestão, ele pretende reinvestir na raça pelo menos 8 milhões de reais - o mesmo valor que reinvestiu em sua primeira incursão como presidente. Para Daniel, a versatilidade da raça é o principal atrativo para criadores. "O Mangalarga é o cavalo da moda, da cavalgada, do lazer, da exposição, da copa de marcha, do trabalho na fazenda e da equoterapia", afirma. Além disso, é manso e macio. "Você monta de manhã e fica o dia inteiro nele, sem sofrer", diz. Daniel costuma viajar ao menos dois finais de semana por mês para prestigiar eventos em todo o Brasil. "É isso que faz o mercado aquecer. Em alguns finais de semana, temos 12 eventos simultâneos, de Norte a Sul."

O segundo mandato de Daniel vai até dezembro de 2021. Depois disso, ele pretende voltar a ter mais tempo para desfrutar suas duas paixões: a família e os cavalos. Criador de Mangalarga Marchador há 25 anos, o empresário é dono de um haras em Arcos, o Canto da Siriema, onde tem 200 cavalos. As viagens ao haras ficaram mais restritas, mas ele tenta ir duas vezes por mês. Lá é lugar de trabalho, mas também seu recanto de lazer e distração. "O cavalo é uma paixão, hobby, sonho", diz. "Tudo que envolve paixão, muitas vezes vale mais do que o próprio negócio."

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