


O que agrada, verdade seja dita, ao paladar do mineiro. Comidas caldosas estão no nosso DNA. "Por aqui, gostamos de carne bem temperada e que desmancha na boca, cozida lentamente no fogão a lenha", diz Djalma Victor, chef do Osso e da Rotisseria Central. Quando inaugurou o Osso, casa especializada em carnes, um dos pratos mais emblemáticos do cardápio se tornou justamente o beef shank, que nada mais é que o ossobuco (músculo traseiro bovino) servido inteiro com o osso da canela. Um verdadeiro espetáculo de exuberância gastronômica. O que rendeu, claro, um turbilhão de fotos no Instagram dos clientes. O corte, muito usado na Itália, ainda garante que o tutano no interior do osso se transforma em uma verdadeira manteiga durante o cozimento. E que cozimento: são no mínimo seis horas em temperatura de 80 graus até que ele fique macio, suculento e pronto para ser cortado - com uma colher, claro. A carne de segunda ainda aparece em outros preparos como o arroz de rabada.


Priscila ainda dá uma dica valiosa. Sempre que tiver a chance, converse diretamente com o açougueiro ou, como dizem por aí, com o consultor de carne. "Ele é a melhor pessoa para tirar suas dúvidas, inclusive para sugerir o melhor corte para o preparo que você deseja", diz. E, nesse momento de pouco contato físico, também vale dar uma procurada nas redes sociais. Muitos profissionais, como o Roberto Bocabello (@roberto.bocabello), explicam direitinho como antes a desdenhada costela do boi dianteira virou assado de tira, um dos cortes queridinhos dos cozinheiros.