

Outra versão do nascimento do pé de moleque em Piranguinho dá conta de que, em 1911, Maria Paulina de Noronha, mais conhecida como dona Neném Paca, abriu um pequeno mercadinho. Os viajantes que por ali passavam, paravam para tomar um cafezinho, bolo, biscoito e o tal doce de amendoim. O mais importante, entretanto, é que Neném, Matilde e tantas outras mulheres conseguiram colocar o município na rota turística da Mantiqueira com a tal receita. Atualmente, a cidade conta com várias barracas coloridas, cada uma representando uma família produtora. Com pouco mais de 8,5 mil habitantes, ocorre ali anualmente a Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo, que reúne mais de 10 mil visitantes por dia. É normalmente realizada em junho (nos últimos dois anos não aconteceu devido a pandemia) e os produtores se reúnem para fazer um doce gigante em plena praça. Em 2019, foram 24 metros. Entrou, inclusive, no Guinness Book - Livro dos Recordes. "A cada ano a gente aumenta 2 metros. Uma hora não vai caber mais na praça", brinca Sonia. E se você ainda duvida que o pé de moleque dali é mágico, em 1953, Carlos Drummond de Andrade escreveu o seguinte sobre a delícia de Piranguinho: "E tenho ainda na boca o sabor sensacional do pé de moleque, pura joia mineira".



