Perfil:
- Flávio Roscoe, 50 anos
- Casado, 3 filhas
- Sócio-diretor do grupo Colortextil, com unidades em Belo Horizonte, Itabirito e Sergipe. Reeleito presidente da Fiemg, com mandato até 2025
Já em seu primeiro dia de trabalho, Flávio, então o mais jovem presidente a assumir o controle da Fiemg, aprovou 150 medidas de modernização em diversos setores da federação. Uma das mais importantes e impactantes: reduziu a folha de pagamento em 13%, com foco na alta hierarquia. Os recursos frutos da reorganização são investidos, prioritariamente, em projetos de inovação e em formação. Em quatro anos, foram empregados quase 200 milhões de reais no Sesi (que envolve da educação infantil ao ensino médio) e no Senai (com cursos profissionalizantes voltados à indústria). O número de estudantes atendidos saltou de 80 para 200 mil, o que faz da federação a maior instituição de ensino particular do estado. O alvo agora é chegar em 2025 com 280 mil alunos.
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Nos últimos anos, Flávio, que é sócio-diretor do grupo Colortextil, com unidades em Belo Horizonte, Itabirito e Sergipe, esteve na linha de frente de discussões que envolviam não apenas o interesse de seus associados, mas de toda a sociedade. E não apenas do estado, mas do país. Foi assim, por exemplo, na polêmica sobre a mineração na Serra do Curral, cujo projeto de exploração foi defendido pela entidade, e no início da pandemia, quando se manifestou contra o fechamento das indústrias. Flávio foi ainda um dos principais apoiadores não só do governador reeleito Romeu Zema (Novo) como do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), engajando-se, inclusive, na arrecadação de recursos para as campanhas. "Apoiamos as ideias que acreditamos serem capazes de destravar o Brasil, de trazer desenvolvimento social por meio do desenvolvimento econômico", diz. Sobre o novo governo federal, Flávio se diz "preocupado", mas promete continuar a "apoiar o que for certo e criticar o que estiver errado". Apesar de ressaltar que a primeira impressão da gestão Lula não está sendo boa, destaca dois acertos: a escolha do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços ("Um luxo, se comparado aos nomes à frente de outras pastas") e do mineiro Alexandre Silveira (PSD) para o Ministério de Minas e Energia.
Uma frase atribuída a Isaac Newton, que viveu entre os séculos XVII e XVIII, exemplifica um dos principais desafios dos homens em suas relações: "Construímos muros demais e pontes de menos". Talvez inspirado pelo matemático, cientista e filósofo inglês, Flávio Roscoe, gosta de repetir: "Acredito que minha função é esta: construir pontes." E assim ele tem feito, seja na relação com outros industriais, na educação e, porque não?, na política.
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