Perfil:
- Marcelo Cohen, 52 anos
- Casado, 2 filhas
- Nascido em Belo Horizonte
- Graduado em administração, em Denver, no Colorado (EUA). CEO da BeFly
Apesar das boas notícias nos negócios, 2022 foi também um ano de perda para Marcelo. Seu pai, David Cohen, morreu em outubro, aos 88 anos. "Ele era meu amigo e professor. Com ele aprendi a manter os pés no chão e a não perder a humildade", diz. Em 2023, a Belvitur, fundada por David, completa 60 anos, com nove lojas em BH, escritório em São Paulo e loja no Rio de Janeiro. "Esse é o seu legado." O pouco que não aprendeu com o pai, Marcelo descobriu na raça. Mesmo tendo cursado administração com especialização nos Estados Unidos, garante que sua escola é a vida. O segredo, diz ele, é colocar a mão na massa. "Nunca fui um aluno exemplar, mas sempre foquei no trabalho." Quando se viu no meio da pandemia, antes de dar início às aquisições em série, tomou um susto. Aí parou, olhou para sua trajetória e os ensinamentos de seu pai e resolveu agir. "Entramos na crise vendendo 50 milhões de reais por mês. Saímos vendendo 950 milhões."
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Seus projetos se baseiam em três pilares: ecossistema robusto, negócios capitalizados e alta tecnologia. A holding de turismo diversificado inclui empresas de transporte, hotelaria, operadora e até agência especializada no público AAA. A compra do luxuoso hotel Botanique, que opera sob a bandeira Six Senses, em Campos do Jordão (SP), foi uma das ousadias do empresário. Além das 72 franquias corporativas herdadas da antiga Flytour, o grupo também lançou uma rede de franquias multimarcas voltadas para o lazer. A BeFly Travel, surgiu com o propósito de ter 500 lojas no país com um conceito One Stop Shop, vendendo produtos de todas as operadoras em um só lugar. A primeira loja foi inaugurada em outubro de 2022 na cidade de Santo André, em São Paulo. O objetivo é facilitar a vida do passageiro que, além de poder realizar desde a compra de câmbio, passagem aérea, locação de carro e pacotes com passeios inclusos, ainda conta com a vantagem de parcelar tudo de uma só vez. Todos os investimentos são feitos com recursos próprios. Pelo menos por enquanto, a abertura de capital não está em seus planos. "É melhor esperar o mercado melhorar", diz. Como se vê, as lições do professor David Cohen continuam vivas nas lembranças do aluno Marcelo.
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