
Perfil:
- Victor Correa Hespanha, 28 anos
- Casado
- Engenheiro de Produção Civil. Primeiro brasileiro civil a ir para o espaço.
Investindo um total de 12 mil reais, Victor teve a sorte de ganhar uma experiência que o fez se sentir uma pessoa diferente. Afinal de contas, será possível sair da Terra e permanecer o mesmo? De início, a emoção dominou a mente e o coração do primeiro criptonauta da história. Com o passar do tempo, no entanto, ele foi se dando conta de que poderia usar sua experiência para fazer algo em prol da sociedade. A visibilidade e o contato com pesquisadores da Blue Origin, empresa do bilionário Jeff Bezos, deu ao mineiro a oportunidade de conversar com pessoas de várias partes do mundo. A partir de todos esses contatos, Victor tem gerado o sonho de promover em Minas Gerais e no Brasil ações que impulsionam o uso da tecnologia para criar avanços e soluções. Isso não quer dizer que foguetes começarão a sair da Praça Sete. Mas, Victor garante que a tecnologia pode ser muito útil no cenário nacional. Por exemplo, no agronegócio, um dos principais setores produtivos do país conhecido como celeiro do mundo, no qual o uso de drones e satélites têm muito a contribuir. Ele acredita que sem a utilização dessas tecnologias o país produziria muito menos do que é feito hoje. No entanto, sempre é possível melhorar.
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E Victor não precisará mudar de área profissional para tornar esses desejos realidade. Durante a carreira construída em BH, sempre atuou em novos negócios e projetos em expansão. O objetivo é unir o know-how ao novo universo com o qual teve contato há pouco mais de seis meses. Ele afirma que também tem o sonho de impulsionar pessoas. Deseja que outros brasileiros tenham experiências parecidas com a que ele teve ou até mesmo mais emocionantes - se é que isso é possível. Diz que essa é sua "missão de vida", daqui para frente. "É claro que as ações governamentais são importantes, mas a própria sociedade precisa ser agente de transformação, com troca de contatos e criação de oportunidades."
Victor conta que no retorno à capital mineira teve de responder a algumas perguntas bizarras, como se a Terra é redonda mesmo. A viagem para o espaço demorou pouco mais de 10 minutos, mas a nave chegou a uma velocidade incrível de 3,2 mil km/h e a uma altitude de 100 quilômetros. Mal aterrissou, o engenheiro já nutre o desejo de voltar para o lado de fora da Terra. Segundo ele, "não deu para aproveitar o suficiente da primeira vez". No entanto, há apenas um lugar para o qual ele garante que sempre quer voltar: Belo Horizonte.