Parece que o esforço tem compensado. Com menos de três anos de existência, a instituição acumula prêmios. Em 2022, conquistou o UTI Top Performer, dado a unidades de terapia intensiva com melhores resultados clínicos, com alocação mais eficiente dos recursos no cuidado aos pacientes; a categoria Black Diamond pela 3M, que reconhece melhores práticas relacionadas à limpeza e esterilização; e o prêmio Track.co de Experiência do Cliente, concedido à gerente de experiência do paciente do Grupo Oncomed, Camilla Barcala. Da Unimed-BH levou mais dois reconhecimentos: o selo 5 estrelas em excelência assistencial e o 1º Prêmio de Experiência do Cliente, nas categorias pronto-atendimento e internação. "Esses prêmios são um feedback importante e positivo", avalia Roberto. "Demonstram que estamos servindo cada vez melhor a sociedade no que diz respeito à atenção à saúde." O sócio conta que, apesar de normalmente a curva de crescimento de um hospital ser demorada, o instituto tem se desenvolvido muito rápido. "O Orizonti é um bebê de 2 anos, mas está cumprindo sua função com um atendimento de excelência", afirma. Amândio Soares ressalta a importância da vivência prévia com a Oncomed, que, apesar de ter um porte menor, permitiu o acúmulo de experiência no modelo que eles queriam implantar (e ampliar) no hospital - segundo ele, a cultura humanizada e a preocupação em colocar o paciente no centro.
Outro ponto que chama atenção na instituição é a arquitetura. O imóvel do Hilton Rocha foi reformado, tornando-se mais moderno e ambientalmente sustentável. Além disso, a fachada tem um tom acobreado que lembra o solo da região (e foge do branco tradicional de construções da área da saúde). O prédio ganhou a "Copa dos Edifícios", um concurso informal feito no Instagram do guia de arquitetura online ARQBH no final do ano passado. Foram 32 prédios da capital mineira disputando o título de campeão da cidade, e o Orizonti, projeto de Flávio Carsalade e Adriana Tonani Mazziero, levou o primeiro lugar. Segundo o ARQBH, mais de 12 mil pessoas participaram da brincadeira.
A comprovação do bom momento do hospital é que não têm faltado ofertas para compra da instituição. Os sócios confirmam que existem conversas sobre o assunto, mas não parece que o momento de vender chegou. "Trouxemos para Minas um modelo de atenção à saúde efetivo, seguro em todos os sentidos e com preço adequado", explica Amândio Soares. Ao contrário de serem comprados, o mais provável é que comecem um projeto de expansão. "É um modelo sustentável e que está dando certo, portanto, poderia, com apoio logístico, ser ampliado para outras regiões", afirma Roberto Fonseca. Em médio prazo, contudo, os planos que confirmam não têm a ver com compra e venda, mas envolvem ampliação dos serviços: eles pretendem oferecer atenção à saúde em determinadas áreas do SUS e a passar a atender pediatria e obstetrícia.
Instituto Orizonti em números:
- Leitos: 252, sendo 60 de UTI
- 54 especialidades
- 1.306 médicos
- Centro cirúrgico completo (15 salas de baixa, média e alta complexidade, 1 sala híbrida, 1 sala robótica, 2 salas de hemodinâmica)
Desde a inauguração (outubro de 2020):
- Consultas ambulatório: 64,780
- Consultas PA: 39,920
- Exames: 61,710
- Internações: 24,070
- Cirurgias: 21,117
- Mais de 400 procedimentos robóticos