Perfil:
- Rafael Menin, 43 anos
- Casado, 3 filhos
- Engenheiro civil
- CEO da MRV&CO e um dos donos da SAF do Atlético
Ao lado de toda a sua família, Rafael via, naquele momento, um sonho se tornar realidade. "Eu me senti, como muitos torcedores, deslumbrado, maravilhado. Mas também aliviado", diz o empresário, antigo apoiador do clube, e hoje um dos donos da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Atlético. O sentimento de alívio, explica Rafael, se deu por causa do longo processo ocorrido desde a idealização até a data de inauguração do estádio. A ideia de construir uma "casa própria" para o Galo surgiu em 2013, depois da dolorosa derrota por 3 a 1 para o Raja Casablanca no Mundial de Clubes da Fifa, no Marrocos. Após a inesperada eliminação, o hoje chamado grupo dos 4 Rs (Rafael e Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador) viajou até Portugal, onde fizeram um tour pelo icônico Estádio do Dragão, do Futebol Clube do Porto. A visita os impressionou e fez surgir a ideia da Arena MRV.
"Quando começamos o projeto, estava muito distante de se tornar realidade, e eu sempre me perguntava: ‘Será que vai ser concluído?’. Aí, no começo de 2020, quando a primeira máquina entrou no canteiro, o sentimento foi de responsabilidade: ‘Agora não tem como voltar atrás’", afirma Rafael Menin. Ele revela que, desde o início do projeto, muitas vezes se viu ansioso, preocupado, e até mesmo, angustiado. "Os desafios foram muitos. Primeiro, porque eu achava que conseguiríamos as licenças com muito mais facilidade, já que esse era o primeiro grande projeto da cidade depois do Mineirão. Mas todas as licenças demoraram cinco anos. Depois, quando as obras começaram, tivemos a pandemia, uma dificuldade que nunca imaginávamos, com material, pessoal, inflação…"
Desafio transposto, havia outra questão que chegaria às mãos de Rafael Menin, ao lado de um grupo formado pelos outros três Rs e o presidente Sérgio Coelho: transformar o Galo em uma Sociedade Anônima do Futebol, o que possibilitaria viabilizar a quitação de uma dívida de aproximadamente 1,5 bilhão de reais. "Depois de muito debate, chegamos à conclusão de que a melhor forma de acelerar a recuperação financeira do Galo seria transformá-lo em SAF", conta Rafael. Ele revela, porém, que nenhum dos mais de 100 investidores consultados estavam dispostos a lidar com o rombo nos cofres, apesar de ficarem impressionados com a história, a Arena MRV e a força da torcida. "A partir disso, conversamos com as assessorias que contratamos e entendemos que a única forma de realizar a SAF seria nos unirmos a outros atleticanos e nós mesmos fazermos o investimento necessário." Desse modo, foi criada a Galo Holding, que, além de Rafael e Rubens Menin, conta com Ricardo Guimarães e os fundos de investimento FIGA e FIP. O grupo comprou 75% das ações, herdando toda a dívida do Atlético e com o compromisso de investir 600 milhões de reais à vista, de imediato, no clube - o que já foi feito.
Para um futuro próximo, Rafael sonha com um Galo totalmente sem dívidas, tendo a melhor categoria de base do Brasil e com a Cidade do Galo no mesmo nível dos centros de treinamento dos maiores clubes da Europa. "Já em campo, meu sonho é conseguir todos anos ter um elenco ‘top 3’ do futebol nacional e consequentemente beliscar um grande título com a maior frequência possível."
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