Pacificador. Equilibrado. Sensato. Estes são alguns dos adjetivos mais utilizados na imprensa esportiva quando o assunto é Sérgio Coelho, recém-reeleito presidente do Galo. Une-se a essas qualidades uma bandeira nobre que ele carrega no coração, e que vai muito além de sua vida no futebol: a da filantropia. "Quando eu tinha 13 anos, lá em Crucilândia, trabalhava em uma farmácia, e, certa vez, precisei ajudar a cuidar de um senhor que estava muito doente. Ele morava em um lugarejo chamado Fura Olho, que fica a 5 quilômetros da cidade. Durante trinta dias, diariamente, eu ia até a casa dele de bicicleta, até que ele se curou. Desde então, nunca mais parei de ajudar as pessoas", recorda Sérgio. A pequena cidade da região metropolitana de BH, terra natal de Sérgio Coelho, é onde está localizada a sede da Assopoc (Associação dos Protetores das Pessoas Carentes), instituição fundada por ele, e premiada, em dezembro do ano passado, como uma das 100 melhores ONGs do Brasil. Com mais de 25 anos de existência, a entidade filantrópica beneficia, atualmente, quase 500 pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Perfis:
- Sérgio Batista Coelho, 63 anos, casado, 3 filhos
- Administrador de Empresas, formado pelo Centro Universitário UNA. Presidente do Clube Atlético Mineiro e da Assopoc. Membro do Conselho de Administração do Sistema Divina Providência e do Conselho Deliberativo da Casa de Apoio Aura. Diretor de Captação de Recursos da Santa Casa de Misericórdia de Itaguara
- Maria Alice Melo Coelho, 59 anos, casada, 3 filhos
- Formada em Direito pela PUC Minas, presidente do Instituto Galo, diretora de Captação da Assopoc e da Apae de Crucilândia, de onde foi presidente por dois mandatos
Sérgio não está sozinho em sua jornada solidária. A Assopoc tem, como diretora de captação, Maria Alice Coelho, sua mulher e presidente do Instituto Galo - braço filantrópico do Clube Atlético Mineiro. Ela conta que a solidariedade passou a estar mais presente em sua vida após conhecer o marido, e que foi contagiada pela vontade dele de ajudar o próximo. "O Sérgio sempre me mostrou a importância de se preocupar com quem precisa, então eu aprendi muito com ele. Quando você começa a ajudar as pessoas, não quer mais parar, passa a ser natural", diz Maria Alice. Fundado em 2021, durante o início do primeiro mandato de Sérgio Coelho, e com verba independente dos cofres do Atlético, o Instituto Galo já beneficiou mais de 130 mil pessoas e 500 instituições, por meio de mais de 700 ações sociais realizadas. É a maior instituição filantrópica da América Latina ligada a um clube de futebol.
Para o ano que se inicia, o casal considera que as perspectivas são boas e que muito mais pessoas serão ajudadas pela Assopoc e pelo Instituto Galo. "A grande prioridade da Assopoc em 2024 é a construção de oito casas inclusivas e duas enfermarias em Crucilândia, que vão acolher 96 pessoas abandonadas", afirma Sérgio Coelho. "A sede do Instituto Galo, que é atualmente na Raja Gabáglia, vai mudar para a Arena MRV, onde uma escolinha de futebol será inaugurada no entorno. Temos previstas, ainda, muitas ações sociais que serão realizadas na esplanada do estádio", conta Maria Alice.
Sérgio prevê bons ventos também no futebol, com o início de seu segundo mandato como presidente do Galo, desta vez em uma nova fase do clube, que se tornou Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ele vai estar à frente da associação, mas mantendo o ótimo relacionamento com os donos da SAF, entre os quais estão os empresários Rubens e Rafael Menin, e Ricardo Guimarães, que já eram investidores do clube e participavam da gestão. "Seguimos mantendo a união que levou o Galo a muitas conquistas nos últimos três anos, como os títulos de 2021 e o reconhecimento do Campeonato Brasileiro de 1937, bem como a inauguração da Arena MRV. Além de presidente da associação, estou muito envolvido na SAF, como membro do conselho de administração e presidente do comitê de futebol, onde tenho o Voto de Minerva. Já começamos muito bem com a contratação do Gustavo Scarpa", diz Sérgio Coelho.
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