Em 2021, Bárbara Damasceno e Carolyne Gomes se juntaram ao time. "Sempre acreditamos na força da conexão humana e na importância de se discutir questões que vão muito além do que aprendemos nas escolas e nas universidades", diz a advogada e coaching em desenvolvimento de carreira Luciana Gallo. Inspirada na reinvenção de antigos comportamentos mercantis, como o escambo de produtos e serviços, a economia colaborativa (sharing economy) é consequência da evolução tecnológica e já atinge grandes escalas.
Antes da internet revolucionar o mundo, o compartilhamento e a cooperação entre as pessoas eram meios utilizados em várias culturas para que a comunidade prosperasse. Compartilhava-se, entre outras coisas, força física, conhecimento e recursos humanos. O conceito se expandiu, transformando-se em uma proposta de negócio sustentável e lucrativa, cuja base é a economia compartilhada. Em vez da compra, o foco agora é o compartilhamento de bens e serviços, o que pode acontecer por meio de locações, empréstimos, entre outras formas de negociação. O modelo alternativo de consumo prioriza a partilha e não o acúmulo de bens. Um mercado amplamente explorado por startups e plataformas como a Airbnb, focada em hospedagem, e a Uber, que atua no ramo de transporte de passageiros.
Iniciada a partir de movimentos colaborativos, a Amadoria convidou a comunidade a participar do projeto por meio do financiamento coletivo. Com ares interioranos e recheado de tradição, o bairro Santa Tereza foi o local escolhido para a abertura da casa. O negócio, inaugurado em 2016, floresceu e, menos de dois anos depois, precisou mudar de endereço para ampliar suas atividades. A antiga casa azul foi substituída pela casa rosa e verde da década de 1930, do design Ronaldo Fraga, situada no bairro Floresta. Não demorou muito para que o espaço plural e multiuso fosse preenchido por atividades variadas, como casamentos, festas de aniversários, cursos e festas abertas ao público.
Em 2023, mais de 2 mil pessoas foram treinadas pelas sócias, em um total de 408 horas de facilitação, sendo nove workshops online, 57 workshops presenciais e empresas atendidas em oito cidades do Brasil. A estimativa é de que 25 mil pessoas tenham passado pela casa. "Temos tido um crescimento de 100% ao ano, e estamos confiantes de que 2024 será ainda mais promissor." As previsões do segmento para os próximos anos são otimistas. Segundo dados da PwC, empresa de consultoria com atuação em âmbito mundial, a expectativa é de que a economia colaborativa cresça mais de 300 bilhões de dólares até 2025.
Empresas que adotam a economia colaborativa no Brasil
Transportes: Uber, Waze, BikeSampa
Serviços: Bliive, Cabe na Mala, Smart Entrega
Bens: DescolaAí, Quintal de Trocas, Enjoei
Espaço: Airbnb, Coworking Brasil, Couchsurfing
Dinheiro: Catarse, Prosper, Lending Club
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