Confira destaques da agenda cultural de BH em novembro

O espetáculo "Ítaca" fecha a temporada 2024 do projeto Diversão em Cena com duas sessões gratuitas no Teatro Francisco Nunes, nos dias 1 e 3 de novembro. A peça do artista Thiago Andreuccetti narra a história de um barco, Ítaca, que cruza o oceano tripulado por um único, valente e pitoresco marinheiro. E mostra como uma implacável tempestade pode mudar o rumo da aventura e despertar uma reflexão sobre os desvios do destino. Para todas as idades, o trabalho tem dramaturgia de Nereu Afonso da Silva e direção de Luciana Viacava.

O aclamado romance do escritor mineiro Roberto Drummond (1933-2002) "Hilda Furacão", imortalizado na célebre minissérie global dos anos 90, ganha versão inédita em ópera que chega a Belo Horizonte nos dias 21 e 22 de novembro. Quem assume a empreitada de levar a trajetória da jovem bela e rebelde, que rompe com sua vida de privilégios na alta sociedade e refugia-se na zona boêmia da capital mineira nos anos 1950, é a Orquestra Ouro Preto. A adaptação e música original é de Tim Rescala. "Hilda Furacão, a Ópera" conta com a mezzo-soprano Carla Rizzi como a protagonista, o tenor Jabez Lima, como o apaixonado e transtornado Frei Malthus, e grande elenco.

O veterano Lô Borges canta, pela primeira vez em BH, seu novo disco, "Tobogã" (nome inspirado no livro de memórias de seu pai, Salomão). A apresentação acontece no dia 9 de novembro, no Palácio das Artes. É o 16º álbum de inéditas do ícone do Clube da Esquina, que tem 72 anos. A obra é ilustrada com histórica imagem do cantor nos anos 1970, feita pelo fotógrafo pernambucano Cafi (1950-2019), autor de capas icônicas da MPB. Além dos vocais de duas músicas divididas com Fernanda Takai, do Pato Fu, o disco tem uma curiosidade: conta com 12 faixas inéditas assinadas por Lô, juntamente com a médica e poeta brasiliense Manuela Costa, também fã do músico.

O Matula Film Festival chega à sua terceira edição celebrando a Comida Popular como tema central e promovendo um encontro entre cinema e gastronomia que enaltece a cultura alimentar do Brasil. Realizado nos dias 9 e 10 de novembro, no Terraço do Cine Theatro Brasil Vallourec, o festival reúne uma programação rica que combina a exibição de filmes, palestras, oficinas e um tour gastronômico, oferecendo uma verdadeira imersão nos sabores e histórias da culinária popular. A programação é gratuita.

A temporada de 2025 será especialíssima para a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que vai celebrar os 10 anos de sua casa, a Sala Minas Gerais, um dos espaços de concerto mais importantes da América Latina. E foi aberta há pouco a Campanha de Assinaturas, por meio da qual o público poderá adquirir, antecipadamente, com descontos, ingressos para todo o ano que vem.  Na programação de aniversário, um dos destaques vai para os concertos especiais de 10 anos da Sala Minas Gerais. Nos dias 20 e 21 de fevereiro, a Sinfonia nº 9 em ré menor, op. 125, "Coral", de Beethoven, com regência do maestro Fabio Mechetti

Campanha de assinaturas. Pela internet: www.filarmonica.art.br/assinaturas

Após as instalações das obras da portuguesa Grada Kilomba e do mineiro Paulo Nazareth, o Instituto Inhotim segue com as novidades de 2024. Desde meados de outubro, o museu apresenta novos trabalhos, como o da artista suíça Pipilotti Rist. Na Galeria Fonte, a instalação imersiva "Homo Sapiens Sapiens" (2005) é um filme gravado nos jardins de Inhotim em 2004, já exibido na Bienal de Veneza de 2005. Ao mesmo tempo, a belo-horizontina Rivane Neuenschwander, uma das maiores artistas contemporâneas do país, ocupa a Galeria Mata com "Tangolomango" (2024) com instalações, obras audiovisuais, pinturas e esculturas que contam histórias sobre infância, natureza, ecologia e discutem os temas memória e ditadura. Já a baiana Rebeca Carapiá traz a obra comissionada "Apenas Depois da Chuva" (2024), um conjunto de esculturas e instalações que, como linhas de desenho, avançam pela tridimensionalidade, e está sendo exibida no lago próximo à Galeria Mata e à Galeria True Rouge.

Vai até 30 de novembro a exposição inédita "Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak", no CCBB BH. O trabalho, que já passou com sucesso pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, apresenta imagens do premiado fotógrafo japonês Hiromi Nagakura, realizadas em viagens com o escritor mineiro, principalmente pelo território amazônico, entre 1993 e 1998. A mostra é idealizada pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo.

"Pancetti na Casa Fiat de Cultura: o mar quando quebra na praia..." fica em cartaz até 17 de novembro de 2024. Com curadoria de Denise Mattar, a exposição do pintor, escultor, desenhista e gravador José Pancetti (1902-1958) apresenta um conjunto de 46 trabalhos realizados entre 1936 e 1956, alguns deles nunca antes exibidos para o público, além de uma cronologia ilustrada e uma instalação imersiva, que reúne músicas de Dorival Caymmi, imagens e sons do mar. Também será apresentado um documentário inédito, produzido por Ula Pancetti, neta do artista.