Marcelo, no haras de Itabirito: "Eu costumo dizer que quando você consegue ganhar dinheiro com seu hobby é porque está no caminho certo" - Foto: Tulio Ferolla/DivulgaçãoO advogado Marcelo Tostes mal tinha completado 5 anos de idade quando o cantor Gilson lançou seu maior sucesso, a música Casinha Branca, aquela que traz os versos: Eu queria ter na vida simplesmente/ um lugar de mato verde/ pra plantar e pra colher/ ter uma casinha branca de varanda/ um quintal e uma janela/ para ver o sol nascer. Pode-se dizer que, desde aquela época, seu sonho era tão singelo quanto o do potiguar radicado no Rio de Janeiro. Uma fazenda, alguns cavalos (sua paixão) e uma cerquinha branca, na qual ele pudesse se debruçar para apreciar o horizonte. "Tenho uma foto, bem pequenininho, numa charrete, com meu irmão e um primo, e eu estou com a rédea na mão", lembra. "Eu já sabia o que queria." Como se vê na imagem ao lado, os desejos do pequeno Marcelo foram realizados. Mais do que isso. Bem mais. Seu haras, o M Tostes, localizado em Itabirito, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, tem 300 hectares, por onde circulam 400 cavalos da raça mangalarga marchador. Fundado em 2014, é considerado um dos 10 principais haras da raça no país, com garanhões avaliados em mais de 10 milhões de reais e clínica veterinária de ponta.
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O super haras de Itabirito é apenas um dos seus muitos empreendimentos. O principal é, claro, a banca de advocacia que leva seu nome, um colosso com 250 mil ações em curso, 600 profissionais contratados e escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Porto Alegre e Brasília. Fora do Brasil, está em Lisboa, de onde ajuda empresas brasileiras interessadas em ingressar na Europa e companhias europeias que desejam investir no Brasil. Um dos maiores e mais respeitados escritórios de advocacia empresarial do país, tem como palavras-chave "Qualidade, Simplicidade e Tecnologia", que refletem seu modo de ser e de pensar. Desde o início da década passada, Marcelo, que tem 53 anos, só usa gravata em solenidades que exigem o traje ou quando está em algum tribunal. "Eu sempre falei que a gravata é um símbolo de distanciamento do advogado para com o cidadão comum. Ela não traz nenhum resultado prático. Não significa competência", diz. "Sou o único do Conselho Federal da OAB que não usa gravata. O único." As mangas da camisa dobradas deixam à mostra do interlocutor algumas tatuagens, inclusive uma no antebraço direito onde se lê "Faith" (fé, em inglês).
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Em sua sala do escritório na Savassi, com um quadro assinado por Burle Marx: banca tem 600 funcionários e está presente em seis capitais brasileiras, além de Lisboa, em Portugal - Foto: Paulo Márcio/EncontroFé que ele garante nunca lhe faltou. Assim como disposição para estudar e trabalhar. O espírito empreendedor se manifestou desde cedo. Ainda criança, pegava um saco de manga no sítio de seu avô, em Muriaé, e trocava com feirantes por uma volta de charrete. Estudante de direito na PUC-Minas, seu primeiro emprego foi um estágio em uma agência da Caixa Econômica Federal, no início da década de 1990. Ganhava um salário mínimo. Como os vencimentos eram poucos, começou o que considera seu primeiro empreendimento. O intervalo dos funcionários da Caixa era 9 da manhã, mas as lanchonetes próximas só abriam às 10. Viu aí uma oportunidade: vender sanduíches naturais aos colegas. Acordava às 5h30 para preparar os sanduíches que comercializaria logo mais. Conseguia multiplicar seus ganhos por três. Pouco tempo depois, começou a trabalhar em uma loja de roupas. Estava pensando um pouco à frente. "Sabia que precisaria ter ternos para ingressar em um estágio, mas o único jeito de comprar era com o desconto de vendedor", lembra. No meio do curso, começou a estagiar no escritório do advogado Alexandre Figueiredo. Ficou lá sete anos. "Saí para montar meu próprio escritório em 1999. Tinha 500 reais no bolso e faltavam dois meses para me casar", diz. "Quem me apoiou muito foi a mãe de minhas filhas, Alécia Bicalho." Os dois ficaram oito anos casados e são pais da estudante de arquitetura Ana Vitória, de 22 anos, e da estudante de direito Eduarda, de 19. Atualmente, Marcelo está namorando, depois de um término conturbado com uma ex-modelo (que ele pede para não citar o nome - "ela não merece"). Ele trata do caso, que teve repercussão na imprensa, com tranquilidade. "Foi uma grande lição. Saí muito forte."
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Mais velho de três irmãos, o advogado perdeu o pai, o engenheiro Júlio César, aos 21 anos de idade. Sua mãe, Elvina, está com 76. Juntos, os dois assinaram um livro sobre o avô materno de Marcelo, o advogado Hélio Tostes, que foi candidato a prefeito de Muriaé, e é sua grande inspiração. Marcelo estudou no Colégio Loyola e lembra que, todos os anos, sua mãe precisava ir à escola negociar bolsas de estudo, "por não ter como pagar mensalidades para três meninos". Entre os irmãos (Júlio César e João Paulo), ele era o que tirava as piores notas. "Eu sempre passava com 60, então, quando ia buscar as notas no fim do ano era um aperto no coração, porque a recuperação podia estar próxima." Quando decidiu prestar vestibular para direito, sabia que estava seguindo uma tradição de família. Seu tataravô, bisavô, avô e um tio foram advogados, mas nenhum em Belo Horizonte. Aqui, ele "começou do zero", como gosta de dizer. Com escritório próprio, não demorou para se destacar. Em 2011, aos 39 anos, saiu em uma capa da revista Encontro BH, ao lado de dois colegas, com o título "As feras do direito". "Ainda tinha cara de bebê", brinca, ao folhear um exemplar que guarda com carinho em seu escritório belo-horizontino, na Savassi. Na reportagem, ele era apresentado aos leitores como um expoente do direito comercial, com grande gosto pela prática e por negociações. "Marcelo Tostes demonstra, dia após dia, que qualificação, vontade e dedicação são elementos fundamentais para o sucesso profissional. Advogado incansável e combativo, empresário obstinado e inovador são características indissociáveis, presentes na forma de atuar, viver e se relacionar", afirma Gustavo Chalfun, atual presidente da OAB-MG. "Quem o conhece sabe que ele é um obstinado, um advogado altamente qualificado que trabalha para oferecer as melhores soluções jurídicas para seus clientes e que também se dedica à missão de servir à classe como conselheiro federal da OAB."
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Marcelo (à esq.), com a rédea da charrete na mão, ao lado do primo Ricardo e do irmão Júlio César: "Desde pequenininho, eu já sabia o que queria" - Foto: Paulo Márcio/ReproduçãoNa advocacia, tem fascínio pela tecnologia. Ainda na década de 1990, começou a dar aulas na Faculdade Milton Campos sobre direito virtual, uma matéria completamente nova. "No Brasil inteiro só havia dois professores que davam aula sobre esse assunto na época", diz. Em 1999, deu uma palestra no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a respeito de "Crimes virtuais e processo eletrônico", em uma época em que a internet no Brasil era discada, lenta e precisava de uma linha telefônica para funcionar. Em 2016, começou a estudar inteligência artificial, o que hoje considera praticamente uma obrigatoriedade em qualquer escritório. Para ele, os profissionais que não se adequarem a essa nova realidade certamente estarão completamente fora do mercado em cinco anos. "Não precisamos inventar a roda, mas trazer a roda mais moderna para o nosso cliente."
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A trajetória bem-sucedida como advogado possibilitou que, além do haras – onde mantém uma coleção de estribos antigos com cerca de 70 peças, sendo uma das mais raras um exemplar português de 1700 –, Marcelo se consolidasse como um empreendedor serial. Hoje, ele tem diversas empresas: um escritório de compra e venda de companhias; duas empresas que fornecem soluções de tecnologia para as áreas jurídica e de publicidade; um coworking; uma empresa de consultoria para pequenos e médios empresários; e uma franquia da importadora de vinhos Grand Cru. Até o final de abril, ele deve lançar em Itabirito o Condomínio Haras do Passo,, um loteamento com 200 lotes de, em média, 2 mil metros quadrados cada um, com toda a estrutura de uma fazenda, além de áreas náutica, de lazer e de esportes. "Ao abrir a porta de sua casa, o morador tem tudo que uma fazenda oferece, cavalos, galinhas, porcos, vacas…", diz. "Mas ao fechar a porta, todo o trabalho fica para trás." O investimento para colocar um negócio dessa envergadura de pé gira em torno de 70 milhões de reais e o Valor Geral de Venda (VGV) – indicador que estima o valor total da receita de um empreendimento imobiliário – é de 300 milhões de reais.
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O helicóptero H130 da Airbus, com capacidade para seis passageiros, foi comprado no ano passado: "É um prazer e uma ferramenta essencial para quem tem pouco tempo a perder no trânsito" - Foto: Arquivo pessoalPara que o projeto saísse do papel e obtivesse todas as licenças foram necessários seis anos. O advogado aproveita a fala sobre a burocracia para pregar contra as dificuldades dos empreendedores e o "Custo Brasil". Segundo ele, o Estado não vê o empreendedor como parceiro e gerador de negócios, mas como simples pagador de impostos. "Quando o Estado passar a entender que o empresário é o motor da economia, certamente vai facilitar os negócios. Com os negócios aumentando, a roda passa a ser de crescimento virtuoso e não mais de um crescimento com sacrifício." É por esse pensamento que Marcelo está cada vez mais entusiasmado com a política e por nomes como o coach Pablo Marçal, o deputado federal Nikolas Ferreira e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não descarta, inclusive, se candidatar no futuro (veja quadro). "Para empreender no Brasil, hoje, não basta ser corajoso, é preciso ter uma força sobrenatural. Porque não precisamos lutar contra o mercado, mas contra o próprio Estado."
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Apesar da demora em obter as licenças necessárias para lançar o Condomínio Haras do Passo, o empreendimento chega em um momento em que esse mercado está em alta. Segundo um estudo da consultoria Brain em 300 cidades mineiras, a pedido da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano de Minas Gerais (Aelo-MG), do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), o setor fechou 2024 com um VGV próximo de 3 bilhões de reais, o que representa um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Os lançamentos de loteamentos fechados no terceiro trimestre de 2024 triplicaram em relação ao mesmo período de 2023. "Os resultados mostram que o mercado de loteamentos em Minas tem uma forte demanda reprimida, com a intenção de compra alcançando 48%, o melhor patamar histórico já registrado", afirma Flávio Guerra, cofundador e presidente da Aelo-MG, vice-presidente do Sinduscon-MG e diretor do CMI/Secovi-MG.
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Em frente à estante onde guarda os muitos troféus ganhos por seus cavalos: cinco dos principais garanhões da raça mangalarga marchador estão no seu haras, alguns avaliados em mais de 10 milhões de reais - Foto: Tulio Ferolla/divulgaçãoPara dar conta de tantos compromissos, Marcelo não abre mão de outro prazer: voar. Ele costuma se deslocar da capital para o interior e outros estados em um helicóptero. Está na sua terceira aeronave. As duas primeiras foram um Robson 44, para voos curtos e no máximo três pessoas; e um AS 350 B3, da Airbus, com capacidade para cinco passageiros. No ano passado, comprou um H130, também da Airbus, com capacidade para seis passageiros, além do piloto. Da família Esquilo, a máquina atinge 237 km/h em sua velocidade de cruzeiro e tem autonomia de pouco mais de 600 quilômetros sem precisar reabastecer. Em meados de fevereiro, por exemplo, ele decolou de Belo Horizonte, visitou quatro haras parceiros no interior do Rio de Janeiro, passou pelo interior de Minas e dormiu no interior de São Paulo. Um roteiro simplesmente impossível de fazer de carro. "O helicóptero é uma ferramenta essencial para quem tem pouco tempo a perder no trânsito", diz. "Até já pensei em tirar brevê, mas desisti, para não voar sozinho."
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A falta de tempo, aliás, lhe rende encontros inusitados, que depois entram para a sua lista de histórias boas para contar. Foi assim com Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo hoteleiro Vila Galé. Há muito, o empresário português, que vai inaugurar, no primeiro semestre, uma unidade da sua rede em Ouro Preto, tentava um contato com o advogado belo-horizontino. O motivo: a criação de um centro equestre que integraria o complexo na cidade histórica. Após diversas tentativas da administração do grupo via WhatsApp – ignoradas por Marcelo por achar que se tratavam apenas da divulgação do marketing do resort –, finalmente um encontro foi marcado. Mas, claro, em se tratando de agendas concorridas de ambos os lados, não seria tão simples assim. O primeiro contato pessoal entre os dois, cuja conexão foi tão grande que hoje se denominam "amigos de outras vidas", aconteceu num McDonald’s do aeroporto de Guarulhos. Sim. Entre intervalos de voos, os dois amantes da boa comida e do bom vinho se reuniram por horas numa mesinha da lanchonete para se conhecerem pessoalmente e traçar os primeiros planos do empreendimento conjunto. Deu match. O Vila Galé Collection Ouro Preto – um resort no antigo Colégio Dom Bosco, no distrito de Cachoeira do Campo – contará com o Centro Equestre M Tostes, que vai tanto gerir cavalos da raça mangalarga marchador no local para diversão e aulas de hipismo para os hóspedes quanto promover competições, palestras e eventos abertos a qualquer raça.
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Vista aérea da propriedade onde será construído o Condomínio Haras do Passo, um loteamento com 200 lotes de 2 mil metros quadrados cada um, em Itabirito: investimento de 70 milhões de reais e o Valor Geral de Venda (VGV) estimado em 300 milhões de reais - Foto: Tulio Ferolla/DivulgaçãoMais um negócio do empreendedor cheio de ideias na cabeça, do cidadão inconformado com os rumos da política no país e do advogado acostumado a lidar com negócios de bilhões de reais, que se sente realizado mesmo ao descer do helicóptero em seu haras. Ali, ele se lembra do Marcelo de 5 anos, que trocava sacos de manga para passear de charrete e vê que realizou bem mais que o sonho de uma fazenda com alguns cavalos e uma cerquinha branca. Somente uma coisa não mudou. Ele continua com as rédeas na mão.
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O encontro com Pablo Marçal
Marcelo Tostes com o candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, para quem advogou e doou 300 mil reais: "O Pablo é, talvez, uma das pessoas mais inteligentes que eu já conheci, com a impulsividade de um jovem empresário que tem em mente a mudança da cultura e da relação do governo com a população" - Foto: DivulgaçãoPronto para passar uma temporada no exterior, Marcelo Tostes recebeu a ligação de uma corretora de imóveis perguntando se gostaria de alugar sua casa no Jardim Europa, bairro de altíssimo luxo na capital paulista. Em um primeiro momento, o advogado rechaçou a ideia. "Mas depois reconsiderei, em função do valor que ela propôs", lembra. Dias depois, quem bate à porta: Pablo Marçal. O coach, que se transformaria no polêmico candidato à prefeitura de São Paulo, era o tal locador. Conversa vai, conversa vem... os dois ficaram amigos. Marcelo cancelou a viagem para o exterior e resolveu ajudar na campanha de Pablo. Como a casa já estava alugada, teve de se mudar para o flat da filha. Além de advogar para o candidato do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), ele se transformou no maior financiador da campanha, com mais de 300 mil reais doados, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "A princípio, eu organizei jantares e reuniões para mostrar as ideias diferentes de um empresário para a cidade de São Paulo", conta. "O Pablo é, talvez, uma das pessoas mais inteligentes que eu já conheci, com a impulsividade de um jovem empresário que tem em mente a mudança da cultura e da relação do governo com a população."
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Ao explicar por que seu cliente havia divulgado um laudo falso contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), na antevéspera do primeiro turno, em suas redes sociais, uma entrevista de Marcelo repercutiu em rede nacional. O laudo, que trazia uma assinatura forjada, relatava o encaminhamento do adversário para uma emergência psiquiátrica em 2021 e indicava ainda que ele teria testado positivo para o uso de cocaína. "Ele publicou simplesmente o documento que recebeu", disse o advogado, à época. Apesar da polêmica, o advogado mineiro – que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro e considera o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) "um grande expoente da política brasileira" – pretende continuar se manifestando politicamente e não descarta disputar eleições futuramente. "As pessoas precisam deixar de ter medo. Enquanto existirem pessoas que ficam em cima do muro, teremos de conviver com políticos de menor qualidade", afirma.
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Foco é engrandecer o mangalarga marchador
Marcelo com a atual presidente da ABCCMM, Cristiana Gutierrez, e o vice-governador Mateus Simões, em evento do haras M Tostes na 41ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador: estande do advogado é dos mais badalados e prestigiados do Parque da Gameleira - Foto: Edy Fernandes/EncontroUm buchicho circula nos corredores da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), no Parque da Gameleira. Marcelo Tostes seria candidato à presidência da entidade, que tem mais de 24 mil filiados. A atual presidente, a médica Cristiana Gutierrez, termina seu mandato no final do ano e não pode ser reeleita. "Somente sairei candidato se esse for o consenso do grupo que trabalha para engrandecer a raça." E esse é o grupo da situação? "Cristiana Gutierrez tem feito um trabalho muito especial à frente da associação, principalmente no que concerne à parte técnica e ao incentivo ao esporte como fomentador da raça. Eu defendo um melhor incentivo aos pequenos e médios criadores, sem os quais a raça acaba. Mas é inquestionável o excelente trabalho da atual gestão", afirma.
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Para o advogado, mais que uma paixão, criar cavalos é negócio. E sério. No Haras M Tostes, 100% das atividades são informatizadas e, portanto, controladas. "Nossos equipamentos de transferência de embriões, por exemplo, são os mais modernos do Brasil." Sobre o uso de substâncias consideradas como doping em animais, ele é radical. "Isso é um absurdo. Criadores que adotam essa prática têm que ser banidos." Segundo Tostes, essa tem sido uma das principais bandeiras da atual presidente. "Nenhum outro dirigente da ABCCMM conseguiu enfrentar o problema. Foi preciso que uma mulher o fizesse. O legado de Cristiana Gutierrez para a raça é indiscutível." Quando se lançou candidata à presidência, em 2021, Cristiana não teve o apoio de Marcelo Tostes. Hoje, no entanto, ele reconhece sua liderança. "Ela é dedicada, correta e corajosa."
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