Existem três tipos de câncer que mais afetam o público infantil: leucemias, tumores cerebrais e linfomas. Por apresentar variados sintomas, o tumor em crianças e adolescentes deve ser rigorosamente vigiado. "Diferentemente do adulto, o câncer infantil possui comportamento clínico mais agressivo, mas responde melhor à quimioterapia e consequentemente possui maior taxa de cura", afirma o pediatra Jairo Cartum, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).
De acordo com o especialista, é necessário ficar atento aos sintomas, como aumento da barriga, manchas roxas pelo corpo, palidez, perda de peso, dor ou qualquer outro sinal sem explicação.
O oncologista pediátrico lembra que o Brasil ainda apresenta taxas de cura do câncer infantil inferiores a vários países da América Latina, como Argentina, Chile e Colômbia. "Pode-se dizer que a taxa geral de cura de nosso país está em torno de 50%, bem distante de países como os Estados Unidos, em que a taxa é de 80%", informa Jairo Cartum.
O médico enfatiza ainda que o tratamento do tumor deve contar com uma equipe multidisciplinar, incluindo enfermeiro, farmacêutico, assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e dentista. "Ainda com todo esse auxílio, a participação da família é imprescindível durante o tratamento que é intensivo, mas com taxa de cura elevada", afirma o pediatra.
Saiba mais sobre os três tipos de cancro que afetam o público infantil:
Leucemia
O câncer "do sangue" fica em primeiro lugar, sendo o principal tipo de câncer infanto-juvenil, concentrando 33% dos casos. Cartum explica que sintomas como palidez, sangramentos anormais, febre, dores nos ossos e articulações aparecem rapidamente.
Tumores cerebrais
O problema no cérebro representa 20% dos tumores da infância e pode causar dor de cabeça intensa, náusea, vômito, convulsão e até mesmo dificuldade para caminhar ou manipular objetos.
Linfomas
Já os tumores que atingem o sistema linfático representam 12% dos casos e se manifestam com o aumento dos gânglios (ínguas), acompanhada de febre, emagrecimento, no subtipo Hodgkin. Nos linfomas não Hodgkin, observa-se em crianças pequenas massas extensas no abdômen, tórax ou em outra parte do corpo.