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Mulheres são as que mais sofrem com a fibromialgia

Doença é caracterizada pela dor em várias partes do corpo


postado em 10/10/2018 08:55 / atualizado em 10/10/2018 09:07

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Sintomas como dores em todo o corpo, cansaço, insônia, problemas de memória, ansiedade, alterações intestinais e depressão podem ser causados pela fibromialgia. A estimativa é que essa condição afete de 2% a 3% da população brasileira, principalmente mulheres de 30 a 55 anos.

"É uma síndrome que se caracteriza, principalmente, pela ocorrência de dor generalizada. Ela pode ter causa primária, ou seja, se constituir uma doença por si só, ou ser secundária a um conjunto amplo de doenças como hipotireoidismo, diabetes, reumáticas ou devido ao uso de medicamentos", explica o neurologista Rogerio Adas, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

A fibromialgia pode ser desencadeada por estresse pós-traumático causado por um trauma físico, psicológico ou uma infecção grave. O quadro começa com uma dor localizada crônica e que acaba espalhando pelo corpo. "Os principais sintomas da doença são as dores difusas, presença de pontos dolorosos nos membros, tronco e cabeça, fadiga e insônia. É comumente associada a sintomas depressivos, ansiedade e mesmo alterações cognitivas como dificuldades de concentração", comenta o médico.

O diagnóstico é feito com exames clínicos, pois não existem testes para detectar a fibromialgia. Para constatar a síndrome, o profissional verifica se o paciente apresenta os sintomas da doença e observa a existência de pontos dolorosos em diferentes regiões do corpo.

Por ser uma condição crônica, a fibromialgia não tem cura. Entretanto, não é uma doença progressiva, não causa danos aos órgãos, articulações e músculos e não é fatal.

O tratamento busca aliviar o sofrimento com medicamentos, atividades físicas e fisioterapia. "Deve envolver fortalecimento muscular, fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e outros métodos, como yoga e meditação, por exemplo. A implementação destas práticas deve ser feita caso a caso, a depender do momento da doença e das preferencias pessoais. Psicoterapia cognitiva comportamental pode auxiliar o enfrentamento da doença e minimizar a dor. Como é uma doença associada à ansiedade, depressão e insônia, estas condições também devem ser devidamente tratadas", afirma Rogerio Adas.

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