Revista Encontro

Conscientização

Sociedade Brasileira de Dermatologista alerta sobre a psoríase

Doença inflamatória da pele não tem tratamento

Encontro Digital
- Foto: American Academy of Dermatology/Divulgação

Na última segunda, dia 29 de outubro, data de conscientização da psoríase, o mundo voltou a atenção para esse problema de pele ainda pouco conhecido. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aproveitou a ocasião para enfatizar os cuidado e os tratamentos mais atuais e eficazes para a melhora da qualidade de vida dos pacientes que sofrem com essa doença. No Brasil, entre 1,1% e 1,5% da população tem psoríase, que é considerada uma inflamação crônica, imunomediada e não contagiosa, que pode afetar o corpo todo, principalmente joelhos, cotovelos, mãos, pés e couro cabeludo.

"A mensagem principal é ressaltar que, apesar da psoríase ainda não ter cura, tem controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, que pode ser leve, moderada ou grave, existem outras formas de cuidar do paciente. A fototerapia, os medicamentos sistêmicos tradicionais e os injetáveis são indicados nos tipos de psoríase moderada a grave", informa a SBD em comunicado enviado à imprensa.

Segundo a entidade médica, a psoríase causa lesões arredondadas, vermelhas e descamativas, que muitas vezes geram preconceito e diminuem a qualidade de vida dos pacientes acometidos. "O paciente pode perceber aquela casca no couro cabeludo que nunca melhora ou manchas vermelhas descamativas nos cotovelos e joelhos ou uma micose na unha do pé que nunca sara. Essas manchas vermelhas normalmente causam coceira e desconforto", explica Gabriella Albuquerque, membro da SBD do Rio de Janeiro, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com a médica, a causa da doença ainda é desconhecida, entretanto existem gatilhos que fazem a psoríase entrar em atividade, como estresse, traumas físicos, fumo, infecções e uso de algumas medicações.
"O portador normalmente tem uma pré-disposição genética, mas o fumo, álcool, sedentarismo e estresse podem ajudar a desencadear o problema", comenta a especialista.

O diagnóstico do problema é feito pelo dermatologista, por meio do exame clínico, mas se necessário, pode ser feita uma biópsia.

Já o tratamento se dá por meio de pomadas e da hidratação da pele para evitar o aparecimento de placas e a piora nas já existentes. Também podem ser utilizados medicamentos sistêmicos.

Gabriella ressalta ainda que atualmente há uma percepção cada vez maior de que os pacientes de psoríase deve ser avaliado pelo dermatologista, reumatologista e pelo cardiologista. "Além de atingir a pele, atinge as articulações e o coração, porque a doença libera um fator de necrose tumoral que pode afetar órgão, por isso é importante ser avaliado pelo cardiologista", diz a médica.

(com Agência Brasil).