Apesar dos constantes alertas para os malefícios da automedicação, é normal encontrar pessoas que fazem pequeno estoque de medicamentos de venda livre em casa. Eles são usados em situações "emergenciais" do dia a dia, como para tratar azia ou dor de cabeça. Portanto, é cômodo ter em mãos um analgésico um antiácido para recorrer a uma solução rápida para alívio de dores e mal-estar. No entanto, é preciso ficar de olho na data de validade dos fármacos estocados.
Como lembra o farmacêutico Mathias Adorno, da Onofre CVS Pharmacy, ao primeiro sinal de indisposição, as pessoas recorrem a um medicamento que está guardado há bastante tempo, sem sequer checar o prazo de validade, principalmente no momento da crise.
O especialista explica que o prazo de validade, seja de produtos, alimentos ou medicamentos, é a data limite na qual o fabricante garante completa segurança e eficácia do medicamento e, por isso, é importante ser respeitado.
"É essencial ressaltar que, após esse período determinado pela indústria farmacêutica, a eficácia do remédio pode não ser a mesma. Ou seja, se você estiver com dor ou mal-estar e optar por tomar um remédio vencido, os sintomas podem não passar", diz o especialista. Mas, esse não é o maior problema que pode ser causado por essa negligência. Segundo Adorno, ignorar o prazo de validade pode acarretar em consequências sérias. "Muitas pessoas necessitam de medicamentos controlados ou de uso contínuo, portanto, quando esses medicamentos perdem a eficácia, podem colocar em risco a integridade física, psíquica, e até mesmo a vida do usuário", alerta o farmacêutico.
Antibióticos, por exemplo, usados no combate às infecções, se estiver fora do prazo de vecimento, pode não oferecer a mesma eficácia e, portanto, um processo infeccioso não resolvido pode acarretar em sérios problemas, desde a persistência dos indícios até um agravamento do quadro.