A alimentação desregrada e o sedentarismo são os principais fatores para o surgimento da obesidade, que acomete 20% dos brasileiros, segundo dados da pesquisa Vigitel 2017, do Ministério da Saúde. Além disso, 54% da população está acima do peso ideal, sendo a maioria jovens com menos de 25 anos.
Um dos principais problemas decorrentes da obesidade e do sobrepeso e que tem preocupado médicos e especialistas é a síndrome metabólica, um grupo de fatores de risco que aumenta a ocorrência de doenças cardiovasculares como o infarto, além de diabetes tipo 2 e acidente vascular encefálico (AVE).
"As pessoas devem praticar atividades físicas e ter uma alimentação saudável, com pouca ingestão de sal, gordura e açúcar. Fazer um acompanhamento médico preventivo também é importante para manter boa saúde e não desenvolver a síndrome metabólica", comenta o endocrinologista Adriano Cury, da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Abaixo, o médico cita os principais fatores de risco ligados à síndrome metabólica:
- Diabetes tipo 2: essa doença crônica afeta a ação da insulina no organismo, proporcionando o acúmulo de açúcar no sangue. Ela pode desencadear infecções, feridas, problemas na visão e formigamento nos pés, além de fome e sede frequentes
- Colesterol alto: o aumento desse tipo de gordura no organismo oferece riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto, acúmulo de placas de gorduras nas artérias e insuficiência cardíaca
- Hipertensão: causa dor no peito e na cabeça, tontura e visão turva. Se não tratada, pode acarretar acidente vascular encefálico (AVE), danos no funcionamento dos rins e entupimento de vasos sanguíneos
- Esteatose hepática (gordura no fígado): se não tratado, o acúmulo de gordura pode desenvolver cirrose e comprometer o funcionamento do fígado. Alguns casos podem levar à necessidade de transplante do órgão