Estado de Minas NEUROLOGIA

Saiba mais sobre a distonia

Doença neurológica causa movimentos involuntários


postado em 17/12/2018 08:58 / atualizado em 17/12/2018 09:12

(foto: Pexels)
(foto: Pexels)

Você conhece alguém que realiza movimentos involuntários? Pois é, essa pessoa pode ser vítima da distonia, disfunção do sistema nervoso responsável por controlar o movimento muscular, em uma área denominada núcleos da base. Com o funcionamento alterado, ocorre a contração involuntária de alguns músculos. A origem do problema pode ser genética, traumas cranianos, doenças como AVC e Parkinson ou pelo uso de certos medicamentos.

Podem ser classificadas como focais, segmentares, multifocais e generalizadas, conforme explica o neurologista Delson José da Silva, da Academia Brasileira de Neurologia.
"São focais quando se localizam somente em uma parte do corpo, como olhos [blefaroespasmo]. Segmentares quando localizadas em mais de uma parte do corpo de forma contígua, como cervical e membro superior, olhos e boca, entre outros. Multifocal atinge mais de uma parte não contígua, e generalizada está presente em mais de duas regiões, incluindo um membro inferior", comenta o especialista.

Ainda conforme o médico, a doença pode atingir qualquer faixa etária, assim como ser hereditária ou esporádica. Sobre o diagnóstico e tratamento, Delson Silva afirma que, por meio da anamnese (consulta médica) e de exames clínicos é possível diagnosticar de forma adequada. "Os exames complementares são para afastar as causas secundárias. O tratamento pode ser medicamentoso. Atualmente, indicamos principalmente aplicações de toxina botulínica, em especial nas distonias focais", diz o neurologista.

Até o momento, a distonia não possui cura, pois faz parte do grupo de doenças neurogenerativas. Apesar dos avanços tecnológicos, na maioria das vezes não se encontra uma causa oficial da doença, concentrando os esforços para reduzir a intensidade dos sintomas. Como não é passível de prevenção, se o indivíduo possuir histórico familiar é aconselhável procurar orientação neurológica para conhecer melhor as chances de portar ou transmitir o seu gene.

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