Após publicar a foto de seu filho Francisco, de 2 meses, no Instagram, na última terça, dia 29 de janeiro, a modelo Isabel Hickmann, de 29 anos, irmã caçula da apresentadora Ana Hickmann, de 37, chamou a atenção dos fãs da rede social e dos internautas pata o lábio leporino (fissura labiopalatina). "Menino anjo que chegou pra [sic] iluminar minha vida. Menino dos olhos cor de mar, bochechas de Kiko [do Chaves] e sorriso rasgado. Chico tem lábio leporino e fenda palatina, duas fissurinhas no lábio e céu da boca que deram mais charme a ele", diz Isabel no texto que acompanha as imagens no Instagram.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 650 nascimentos no Brasil, uma criança apresenta a alteração. "Trata-se de uma abertura na região do lábio superior ou do céu da boca [palato], condições que podem ocorrer individualmente ou em conjunto. A fenda é ocasionada pela formação incompleta destas estruturas na fase embrionária, entre a quarta e a 12ª semana de gestação", esclarece a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) de Santa Catarina, em texto divulgado no site oficial da instituição.
As fissuras podem ser unilaterais ou bilaterais e variam desde formas mais leves até mais graves, como as fendas completas de lábio e palato. "As fissuras podem deixar o canal oral em contato com o nasal. Por isso, a alimentação da criança com lábio leporino é, geralmente, prejudicada, porque há maior risco de o bebê aspirar o alimento, provocando infecções como otite e pneumonia", diz a entidade médica.
Conforme a SBCP, normalmente, o lábio leporino pode ser reparado por meio de uma série de cirurgias, que visam restaurar as funções básicas da criança, como a capacidade de comer, falar, ouvir e respirar, além de harmonizar a aparência facial. "Sem o tratamento do lábio leporino, a fissura pode deixar sequelas graves, como a perda de audição, problemas na fala e déficit nutricional. Entretanto, com o acompanhamento adequado, a total reabilitação é possível", explica a entidade em seu site.
Porém, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Santa Catarina alerta que o tratamento da fissura labiopalatina é longo, começa logo após o nascimento e se estende até a fase adulta. "Inclui não só o cirurgião plástico, mas também uma equipe multidisciplinar, com fonoaudiólogo, nutricionista, dentista, psicólogo, otorrinolaringologista, entre outros. A troca de informações entre estes profissionais é fundamental para o tratamento do lábio leporino, pois um fator interfere diretamente no outro", afirma a entidade.