Ainda que estejamos na época das chuvas, em que a umidade do ar costuma ser mais alta, as doenças respiratórias também são um perigo. De acordo com o otorrinolaringologista Edson Ibrahim Mitre, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, com o clima quente, também cresce a procura por postos de saúde e hospitais em virtude de complicações pulmonares, como a asma. Por diversas vezes, episódios alérgicos são desencadeados por substâncias aspiráveis como poeira, ácaros, fungos, insetos, perfumes e materiais de limpeza.
Mas há outras causas corriqueiras, a exemplo da ingestão de alimentos com corantes ou de frutos do mar de procedência e validade desconhecidas. De acordo com o médico, crianças e idosos são mais propensos a manifestar fragilidade em seus sistemas imunológicos. Consequentemente, apresentam maior vulnerabilidade aos processos inflamatórios e infecciosos do sistema respiratório. Porém, os quadros alérgicos não sofrem influência da idade.
Edson Mitre lembra que, em termos de prevenção, a melhor dica é manter o asseio dos ambientes fechados, conservar a casa limpa e retirar tapetes e cortinas para evitar a proliferação de fungos, principalmente em cidades litorâneas.
"É aconselhável não abusar do uso de ar condicionado para não desencadear complicações respiratórias com a secura do ar, já que esses aparelhos sugam a umidade do ambiente", alerta o especialista.
Também é essencial se manter hidratado por via oral sempre que permanecer em espaços com ar condicionado, além, é claro, de realizar manutenção correta com a higienização periódica de filtros, contra a disseminação de ácaros, fungos e bactérias no ar.
"O acúmulo de pó favorece o desencadeamento de crises de rinite alérgica e asma, além de elevar o risco de infecções respiratórias, como sinusite e pneumonia", afirma Mitre.