De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dor de cabeça é uma das condições de saúde mais incapacitantes em todo o mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, cerca de 70% dos brasileiros sofre frequentemente com esse problema.
A intensidade ou a região afetada pela dor costuma ser diversa, assim como as causas do problema. Noite mal dormida, picos de estresse ou desequilíbrios hormonais são fatores recorrentes. Os tipos mais comuns de dor de cabeça são enxaqueca com e sem aura (quando há sintomas visuais e sensitivos); cefaleia tensional (excesso de tensão nos músculos do pescoço e da cabeça); e cefaleia cervicogênica (causada por hérnia de disco, artrose, problemas posturais ou excesso de contratura muscular, motivado por estresse e ansiedade).
Segundo o neurologista Fabiano de Moraes, do hospital São Camilo, de São Paulo (SP), é fundamental procurar orientação médica quando a dor de cabeça for súbita, extremamente intensa ou quando ela se torna diária ou progressiva (cada vez pior e mais frequente).
Também é fundamental estar atento a outros sintomas associados como visão dupla, desequilíbrio, fraqueza ou dormência de algum lado do corpo, além de febre e perda de peso. "São considerados sintomas preocupantes que devem motivar a busca imediata de um melhor diagnóstico", comenta o especialista.
Tomar analgésicos com frequência também é um sinal de alerta. "Os analgésicos quando tomados mais de duas vezes na semana, podem fazer o papel contrário do esperado. Eles pioram a dor em vez de melhorá-la. Isso acontece porque os medicamentos acabam sensibilizando mais o cérebro permitindo que a dor se torne crônica", diz o médico.