Estamos a poucos dias do início oficial do Carnaval no Brasil. Blocos e trios elétricos guiam milhões de foliões pelas ruas de Belo Horizonte e de outras capitais do país. Apesar da diversão garantida, muitas pessoas acabam misturando bebidas alcoólicas a medicamentos, sem saber ao certo os riscos envolvidos nessa interação.
Segundo a farmacêutica Yula Merola, presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF/MG), qualquer tratamento à base de remédios é prejudicado com a ingestão de álcool. "Medicamento é coisa séria. A bebida altera o metabolismo do corpo e pode afetar a eliminação da substância, deixando esse processo mais lento ou mais rápido do que o previsto, atrapalhando de forma importante o efeito causado no organismo", comenta a especialista.
O caso mais comum de interação perigosa entre álcool e medicamentos é a que envolve os antibióticos. Conforme a farmacêutica, esses fármacos têm o efeito no organismo prejudicado quando ingeridos junto com bebidas alcoólicas, sendo recomendável a interrupção total no consumo de álcool durante o tratamento medicamentoso.
Outros remédios de uso comum pela população também sofrem alterações. "No caso dos analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e dipirona, e anti-inflamatórios, o efeito diminui devido à eliminação mais rápida da substância, podendo acarretar até em sobrecarga para o fígado", afirma Yula Merola.
A especialista ressalta a importância de sempre consultar um farmacêutico em caso de dúvida sobre interação medicamentosa. "Ele é o profissional mais próximo da população e especialista no assunto.