De acordo com dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017, do Ministério da Saúde, a prevalência da hipertensão arterial ou pressão alta no Brasil passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017, sendo que, em adultos com 65 anos ou mais, o índice chega a 60,9%.
O estudo também aponta que as mulheres ainda continuam sendo as maiores vítimas do problema, representando 26,4% dos casos, contra 21,7% de homens hipertensos. Vale dizer que a pressão alta é um dos principais fatores de risco para acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
A boa notícia é que a Fundação Ezequiel Dias (Funed) voltou a encerrou a produzir o medicamento Captopril, indicado para o tratamento da hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, infarto do miocárdio ou nefropatia diabética em adultos. Dois milhões de comprimidos já estão aguardando a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem colocados no mercado.
Segundo Bruno Gonçalves Pereira, diretor industrial da Funed, citado pela Agência Minas, a intenção é retomar o fornecimento regular do Captopril até 2020. "Temos feito uma discussão do tipo de portfólio que queremos e das melhorias que precisamos realizar. Queremos colocar nossas fábricas para operar, mas sabemos que é devagar, temos que ir passo a passo no processo, começando com os registros na Anvisa, até chegarmos a ter as fábricas funcionando em plena capacidade", comenta o gestor.
A Funed já possui registro do medicamento, que era produzido pela instituição até 2013. Agora, após as adequações e a obtenção da documentação, pendências de registro do produto na Anvisa serão solucionadas. De acordo com Amanda Mayra Souza Teixeira, chefe do Serviço de Desenvolvimento de Produtos Farmoquímicos, também citada pela agência estatal, a Funed está apta a produzir outra vez e vem trabalhando para regularizar o registro e para incluir novos produtos na planta fabril de Belo Horizonte (MG).
"Existem pendências no registro do produto que precisam ser sanadas, tais como os estudos de equivalência farmacêutica e bioequivalência, dentre outros, para conseguirmos cumprir o que é exigido pela legislação vigente. Caso contrário, estaríamos produzindo um medicamento fora da norma regulatória exigida pela Anvisa", afirma Amanda.
(com Agência Minas)
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