Estado de Minas IMUNOSSUPRESSOR

Remédio para artrite reumatoide pode causar embolia pulmonar

Problema ocorre com dose mais alta do medicamento Xeljanz


postado em 28/03/2019 12:40 / atualizado em 28/03/2019 12:39

(foto: Pfizer/Divulgação)
(foto: Pfizer/Divulgação)

Em comunicado divulgado em seu site oficial nesta quinta, dia 28 de março, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos em Saúde (Infarmed) de Portugal emitiu um alerta sobre o risco de embolia pulmonar para pacientes que usam doses altas do medicamento Xeljanz (tofacitinibe), produzido pela Pfizer e indicado no tratamento de artrite reumatoide.

De acordo com a Infarmed, um estudo em andamento, que não está sendo feito em Portugal, vem analisando pacientes com artrite reumatoide, com idade igual ou superior a 50 anos e com histórico de problemas cardíacos ou circulatórios. "Os resultados preliminares deste estudo revelaram um aumento do risco de embolia pulmonar em doentes que tomaram 10 mg de tofacitinibe duas vezes ao dia", afirma a entidade portuguesa no comunicado.

Esse remédio é autorizado para uso na União Europeia e no Brasil, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2015. Ele é um imunossupressor e é indicado para adultos com artrite reumatoide moderada a grave e que não respondam bem ao tratamento com metotrexato (antimetabólito), comum para pacientes com doenças autoimunes e câncer.

Porém, a posologia aprovada para uso do Xeljanz em caso de artrite reumatoide é de 5 mg duas vezes ao dia.

Até que o referido estudo seja concluído, a Infarmed recomenda aos profissionais de saúde que, no tratamento dessa doença autoimune, o uso de tofacitinibe deve ser restrito à posologia recomendada e que os pacientes devem ser informados sobre possíveis sintomas adversos associados ao fármaco, como dificuldade para respirar, dor no peito ou na parte superior das costas, tosse com sangue, transpiração excessiva ou pele azulada.

"A Pfizer, em articulação com a Agência Europeia de Medicamentos e com o Infarmed, iniciou hoje [quinta, dia 28] a divulgação de um comunicado dirigido aos profissionais de saúde com informação sobre os resultados preliminares do estudo e das atuais recomendações relativas ao tratamento", diz a empresa farmacêutica americana, citada pelo portal português Observador.

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