Que o excesso de peso, em especial a obesidade, é fator de risco para inúmeras doenças, incluindo diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, tudo mundo sabe. Porém, a gordura abdominal excessiva nas mulheres pode triplicar o risco de doenças cardíacas, em comparação com o acúmulo de gordura nos glúteos, de acordo com o nutrólogo e pesquisador Alexandre J. Bussade.
"Os riscos para a saúde associados com a adiposidade abdominal subcutânea e visceral são inúmeros e incluem: aumento dos marcadores inflamatórios; dislipidemia [alterações do colesterol e dos triglicérides]; e resistência insulínica, que pode levar à obesidade e esteatose hepática [acúmulo de gordura no fígado]", alerta o especialista.
A causa para o perigo da cintura avantajada nas mulheres pode estar ligada à redução na secreção do hormônio do crescimento (GH). As baixas doses do GH vem sendo apontada como fator de risco para o aumento dos marcadores associados ao risco cardiovascular.
"O acompanhamento da composição corporal é importante para a prevenção das doenças crônicas, cardiovasculares e das alterações endócrinas. A análise da composição corporal pode ser feita por um profissional da área da saúde através da bioimpedância. Mulheres devem manter um percentual de gordura fisiológico aproximado de 18 a 28% – nos homens de 10 a 20%. Em ambos os sexos pode variar com a idade do indivíduo", afirma J. Bussade.