Revista Encontro

SAÚDE

A demência pode ser evitada, aponta novo estudo da OMS

Para a Organização Mundial de Saúde, estilo de vida saudável é a melhor medida de prevenção da síndrome

Marina Dias
Embora seja mais comum nas pessoas mais velhas, a demência não faz parte do envelhecer. - Foto: Pixabay
A Organização Mundial de Saúde divulgou hoje (14) um relatório com diversas diretrizes para reduzir o número de casos de demência no mundo. Medidas como fazer exercícios regularmente, ingerir menos álcool, evitar o cigarro e ter uma dieta saudável podem ajudar a reduzir os riscos de desenvolver o quadro que afeta 50 milhões de pessoas globalmente. Segundo o Dr. Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, "nos próximos 30 anos, o número de pessoas com demência deve triplicar".

A demência é uma síndrome caracterizada pela deterioração gradativa dos aspectos cognitivos, afetando memória, pensamento, comportamento e a capacidade de realizar as tarefas do cotidiano. De acordo com dados da OMS, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando cerca de 70% dos casos. Os primeiros sintomas que podem ser detectados da síndrome são: perda da noção de tempo, alterações no comportamento, perda de memória e aumento da dificuldade com números e letras.

Dieta mediterrânea prolonga a vida dos idosos

A OMS estima que até 2030, cerca de US$ 2 trilhões serão gastos anualmente no mundo por conta do tratamento de pessoas com demência. - Foto: Raw Pixel.Embora a demência não tenha cura, ela pode ser atrasada ou até mesmo evitada se o paciente seguir algumas recomendações. Segundo a OMS, o hábito de fazer exercícios físicos regularmente é a melhor medida para evitar o aparecimento da síndrome. Os estudos também apontaram a dieta mediterrânea (composta por frutas, vegetais, peixes, azeite e pequenas quantidades de vinho e derivados de leite) como uma das melhores para evitar a doença.

O relatório da OMS também desmentiu vários mitos.
Os cientistas não encontraram evidências que comprovassem a eficácia do uso de suplementos como vitamina B, antioxidantes, ômega 3 e ginkgo no tratamento da demência. Desta forma, os pesquisadores esperam que menos pessoas desperdicem o seu dinheiro com medidas que não ajudarão a tratar o quadro. “As evidências científicas coletadas confirmaram o que suspeitávamos há um tempo, que o que é bom para o nosso coração também é bom para o nosso cérebro”, afirmou o Dr. Tedros. 

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