Doenças inflamatórias do intestino não têm cura, mas possuem tratamento e diagnóstico fácil por meio de exames - Foto: PixabayAssim como o outubro rosa (câncer de mama) e o novembro azul (câncer de próstata), maio também é temático. O mês recebe duas cores, sendo a mais conhecida o amarelo, que visa conscientizar a população para a violência no trânsito. 

O que pouca gente sabe é que existe, também, o maio roxo, campanha que coloca em evidência as chamadas doenças inflamatórias intestinais, grupo onde estão incluídas a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Essas enfermidades são autoimunes, ou seja, são provocadas pelo sistema de defesa do organismo, e não são transmissíveis, de acordo com a Associação Mineira dos Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais (AMDII). Apesar de não terem cura, essas doenças possuem tratamento, informa o grupo em seu site. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), trata-se de uma inflamação que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo - que vai da boca até o ânus. A doença não é contagiosa, surge tanto em adultos como em crianças, e, curiosamente, apresenta maior incidência em pessoas de origem judaica, de acordo com o site da SBCP.

Também é cientificamente comprovado, segundo a entidade, que fatores como o tabagismo, maus hábitos alimentares e contato com certos tipos de vírus e bactérias podem provocar o surgimento da Doença de Crohn, que, em 2017, afetou o ator americano Tyler James Williams, estrela da série Todo Mundo Odeia o Chris.

O diagnóstico, de acordo com a SBCP, é realizado, geralmente, por meio de colonoscopia e biópsia do intestino. A doença pode ser tratada por meio de medicamentos e, em casos mais graves, cirurgia.

A inflamação é chamada de doença de Crohn por ter sido documentada pelo médico americano Burrill Bernard Crohn (1884-1983). 

Os sintomas mais comuns, segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia são os seguintes:

Ao contrário da doença de Crohn, esse tipo de doença inflamatória intestinal acomete exclusivamente a mucosa do intestino grosso, mas provoca lesões e sintomas semelhantes à enfermidade que atingiu Tyler James Williams, informa o site do famoso médico brasileiro Dráuzio Varella.

Ainda segundo a página, outra característica que difere a retocolite ulcerativa da doença de Crohn, é que ela pode causar problemas fora do intestino, como dores nas articulações, feridas na pele e, mais raramente, alterações nos olhos e no fígado.

O diagnóstico, também de acordo com o site de Dráuzio Varella, é realizado por meio de endoscopia e o tratamento via medicamentos orais, como anti-inflamatórios e, em casos mais graves, corticoides.