Crianças devem receber dose extra de vacina contra o sarampo

Com o retorno do sarampo ao Brasil, desde o ano passado, e o avanço da doença, sobretudo no estado de São Paulo, o Ministério da Saúde determinou que, a partir de quinta-feira (22 de agosto), todas as crianças de seis meses a menores de um ano de idade sejam vacinadas.

No Calendário Nacional de Vacinação consta a chamada tríplice viral, que deve ser aplicada quando os bebês completam um ano e protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Portanto, o que as crianças devem receber na nova campanha é uma dose extra, também chamada de dose zero, e não substitui a tríplice nem a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

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De 19 de maio até 10 de agosto, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 1.680 casos de sarampo no território brasileiro, sendo 1.662 só no estado de São Paulo. Os outros casos foram: Rio de Janeiro (6), Pernambuco (4), Bahia (1), Paraná (1), Goiás (1), Maranhão (1), Rio Grande do Norte (1), Espírito Santo (1), Sergipe (1) e Piauí (1).

Nesse período de maior avanço do sarampo, não houve casos registrados em Minas Gerais, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde. Entretanto, quatro pessoas foram diagnosticadas com a doença, dentro do estado, no primeiro trimestre deste ano.

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Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, explica, em nota divulgada pelo órgão, a preocupação com as crianças: "É uma medida preventiva. Em surtos anteriores, foram os menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo".

Ele ressalta, ainda, que a vacinação é imprescindível mesmo em estados onde não há casos registrados, pois há o transito de pessoas entre todas as regiões do país. Um exemplo disso, é que nesta quarta-feira (21), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte, foi fechada devido a uma suspeita de sarampo em um paciente que, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, veio de outro estado.