
Resta saber, então, a quantidade ideal do consumo de selênio para usufruir dos benefícios e não sofrer com os prejuízos. A ingestão diária recomendada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para adultos saudáveis é de 55 µg (micrograma ou 0,055 gr) por dia, o que representa, em média, uma castanha-do-pará
De acordo com a nutricionista Elisabeth Chiari, do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais, um estudo demonstrou que o consumo máximo de selênio, sem risco para a saúde, está fixado em 300 µg por dia. "Exceder este valor pode conduzir a lesões na pele ou queda de cabelo e unhas. O consumo de doses excessivas [acima de 900 µg por dia], a longo prazo, pode causar alterações neurológicas, incluindo entorpecimento, convulsões ou até mesmo paralisia", alerta a especialista.
Ainda segundo a nutricionista, em casos de doenças crônicas, como aterosclerose (formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias), câncer, artrite, cirrose e enfisema, há fortes indícios de que o selênio atue como elemento protetor.
Vale lembrar que o teor de selênio pode variar entre os diferentes tipos de castanhas. Conforme Elisabeth Chiari, as maiores quantidades do mineral estão presentes na castanha-do-pará e na macadâmia.
Confira, abaixo, uma lista com a concentração de selênio (para cada 100 gr de alimento) em algumas das castanhas mais consumidas no país:
- Castanha- do-pará: 5,6 mg
- Noz macadâmia: 4,4 mg
- Castanha de caju: 3,2 mg
- Noz pecan: 2,7 mg
- Amêndoa: 1,2 mg
- Pistache: 0,33 mg
- Avelã: 0,17 mg
*Publicado originalmente em 30/05/2016