A médica acrescenta que síndromes genéticas hereditárias podem ser responsáveis por 10% dos casos de adenocarcinoma de pâncreas, tais como síndrome hereditária do tumor de ovário e câncer de mama hereditário, por isso recomenda-se o aconselhamento genético após confirmação do diagnóstico. "Normalmente, o paciente é submetido a análises moleculares e genéticas para avaliar o tratamento com terapia-alvo. No teste genético BRCA1 e BRCA2, em caso de positividade para uma dessas, será indicada uma medicação oral específica. Já a pesquisa de instabilidade de microssatélites permitirá empregar a imunoterapia", informa.
Em sua fase inicial, o tumor costuma ser tratado por meio de cirurgia, que pode ser feita por videolaparoscopia. Dependendo da localização e do tamanho da lesão, emprega-se a quimioterapia antes do ato cirúrgico, com o intuito de reduzir o volume da doença. Em algumas situações é indicada a radioterapia antes do procedimento cirúrgico, cujas técnicas podem ser conformacional 3D ou guiada por imagem 4D, ou realizada ainda durante a cirurgia – ambas permitem doses adequadas de radiação no tumor preservando os tecidos saudáveis ao seu redor", esclarece a oncologista.
Por se tratar de um câncer com sintomas inespecíficos, a Dra. Ana Carolina recomenda a necessidade de adotar hábitos saudáveis, abandonar o tabagismo e buscar orientação médica diante de qualquer incômodo para um exame de imagem abdominal. "Na fase inicial, esses tumores costumam ser assintomáticos porque o órgão fica localizado em uma região mais profunda do abdômen, atrás de outros órgãos e próximo de alguns vasos. Quando os sintomas aparecem consistem em perda de apetite, emagrecimento, fraqueza, diarreia e tontura. O método mais eficaz de prevenção do câncer de pâncreas é abandonar qualquer tipo de fumo (tabaco, eletrônico, de palha e narguilé), manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas e verduras, praticar atividade física regularmente e evitar o consumo de bebida alcoólica", finaliza.
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