O especialista afirma que a Medicina Tradicional Chinesa, integrada à terapia multidisciplinar e acompanhamento médico, ajuda a melhorar as condições características, disfunções e outras patologias inerentes a Down e TEA, que possuem fatores congênitos e não têm cura.
A intervenção com a acupuntura não é um avanço dos tempos modernos. "Registros da Medicina Tradicional Chinesa mostram que o autismo já era tratado há mais de 5 mil anos", explica o acupunturista. A patologia é descrita como a Síndrome dos Cinco Atrasos, cujas características seriam associadas ao desequilíbrio energético dos órgãos e vísceras - baço-pâncreas, rins, fígado e coração.
Em autistas que apresentam sensibilidade à dor, ao toque e etc, os pontos são estimulados com as pastilhas Stiper (silício) ou laser, em vez das agulhas. Entre os benefícios verificados com as aplicações, Stehling destaca a redução de muitos sintomas característicos, maior tolerância a ruídos, noites de sono menos agitados, diminuição da enurese noturna, redução da fala repetitiva e estereotipias. "Ao deixar o paciente mais calmo, a acupuntura, juntamente com a orientação médica, pode inclusive ajudar a reduzir a dosagem de medicamentos psiquiátricos", afirma o terapeuta.
A acupuntura sem agulha, como a stiperterapia, auxilia no tratamento de doenças respiratórias e cardiopatias, muito comuns nas pessoas com essa síndrome. Segundo Stehling também foram constatados outros benefícios como a redução na salivação excessiva (sialorreia), melhora do tônus muscular (hipotonia), melhora da fala e da concentração, ajudando a criança no aprendizado, e até ganho de estatura.
A intervenção precoce é a melhor forma de se obter os melhores resultados. A importância de um bom diagnóstico é fundamental associada a uma equipe multidisciplinar. "A acupuntura sem agulha pode ser ministrada em bebês e inclusive em gestantes", aconselha Stehling.
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