Estado de Minas SAÚDE

Prática de atividades físicas pode aliviar dores na menopausa

Cerca de 50% a 70% das mulheres sofrem com algum grau de dor muscular ou articular associada à menopausa


postado em 27/09/2024 13:49 / atualizado em 27/09/2024 13:59

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
A menopausa traz diversas mudanças para o corpo feminino, e uma das condições que pode surgir nesse período é a Síndrome Musculoesquelética da Menopausa. Ela caracteriza-se por dores nas articulações, músculos e tendões, rigidez, perda de força muscular e, em alguns casos, dificuldade de mobilidade. Essa síndrome ocorre devido às alterações hormonais, principalmente à queda dos níveis de estrogênio, que desempenha um papel importante na manutenção da saúde óssea e muscular.

Com a diminuição do estrogênio, há uma maior propensão a problemas como osteoporose, sarcopenia (perda de massa muscular), e inflamações nas articulações. Mulheres na menopausa podem experimentar dores nas costas, nos ombros, nas mãos e nas articulações de forma geral. Além disso, a falta de estrogênio também afeta a produção de colágeno, o que pode contribuir para a rigidez articular e muscular.

O educador físico, personal trainer e especialista em musculação, emagrecimento e saúde da mulher, Maurício Flávio dos Santos Júnior(foto: Divulgação)
O educador físico, personal trainer e especialista em musculação, emagrecimento e saúde da mulher, Maurício Flávio dos Santos Júnior (foto: Divulgação)
Segundo a Sociedade Internacional de Menopausa (International Menopause Society - IMS), uma organização global dedicada à saúde e bem-estar das mulheres durante a menopausa, cerca de 50% a 70% das mulheres na menopausa sofrem com algum grau de dor muscular ou articular associada a essas mudanças hormonais, impactando a qualidade de vida e limitando as atividades diárias.

Prática de exercícios físicos

Estudos apontam que a prática regular de exercícios físicos é uma das estratégias mais eficazes para aliviar esses sintomas e melhorar o bem-estar geral, além de prevenir a progressão dessa síndrome. Exercícios de força e alongamento ajudam a aumentar a força muscular e a flexibilidade.

Exercícios aeróbicos, como caminhada, são igualmente importantes, pois contribuem para o controle de peso e a saúde cardiovascular, muscular e óssea. Reduz dores, combatendo a perda de massa muscular, além do ganho de peso.

"Mais do que uma questão estética, o movimento é fundamental para garantir qualidade de vida, alívio das dores e preservação da saúde física e mental durante esse período de transição na vida das mulheres", afirma o educador físico, personal trainer e especialista em musculação, emagrecimento e saúde da mulher, Maurício Flávio dos Santos Júnior. Ele desenvolveu um método que recebeu o nome de FIE (Fast, Intense, and Extreme), que em português significa: Rápido, Intenso e Extremo. O FIE reúne oito módulos com exercícios que podem ser praticados em 15 minutos, sem precisar ir para a academia e com utensílios que temos em casa.

Manter uma dieta balanceada, rica em cálcio e vitamina D, e adotar outras medidas como terapia hormonal (quando indicada) e suplementação, pode auxiliar na gestão dos sintomas.

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