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Pulse e Fastback híbridos com motores Flex têm produção iniciada pela Fiat

A nova tecnologia Bio-Hybrid significa menor pegada ambiental e traz como benefício adicional, isenção do pagamento do IPVA, garantido por lei estadual


postado em 04/11/2024 14:05 / atualizado em 04/11/2024 14:12

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
Um dos destaques deste mês de novembro no setor automotivo brasileiro é a chegada dos primeiros SUVs híbridos-flex da Fiat: Pulse e Fastback. São os primeiros eletrificados do grupo Stellantis fabricados no País. Outros virão, nas diversas marcas da Stellantis, segundo anunciou o fabricante na primeira apresentação da tecnologia Bio-Hybrid, em agosto de 2023.

Um motor elétrico se une a um motor flex a combustão movido a etanol, combustível renovável que reduz as emissões de CO%u2082, ou gasolina. Isso, nas palavras da marca, “significa mais eficiência e menor pegada ambiental”.

O sistema mild-hybrid (híbrido leve), utilizado no Pulse e Fastback, permite que o motor elétrico atue em baixas velocidades, ideal para o trânsito urbano, melhorando a economia de combustível e proporcionando condução suave. Outro ponto positivo é que ele recupera energia durante as frenagens.

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
Dessa forma, a Fiat explica que a solução é mais acessível, com menores custos de manutenção e a mesma performance desejada.

Os dois modelos eletrificados, chegam, segundo fonte da fábrica, apenas nas versões Audace e Impetus, com o motor 1.0 turbo T200.

Segundo as imagens divulgadas pela Stellantis em 2023 do sistema Bio-Hybrid na plataforma do Fiat Pulse, a bateria adicional de 12 V será instalada sob o banco do motorista. O posicionamento mais comum é no espaço do pneu estepe, mas como isso eliminaria o pneu sobressalente, ainda necessário no Brasil com suas ruas malcuidadas e esburacadas, a solução foi arranjar um lugar alternativo.

A tecnologia adotada pela Stellantis nessa primeira fase de eletrificação é simples, com foco em reduzir as emissões e de fácil adaptação em sua gama atual. Esse sistema híbrido leve de 12 volts já é usado já é usado pela Fiat na Europa, no Panda e no 500, mas lá o motor a combustão que faz parte do conjunto é 1.0 Firefly aspirado e com câmbio manual.

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
Os preços das versões híbridas do Pulse e Fastback não haviam sido divulgados até o fechamento desta edição. Pela lógica, e considerando os valores atuais, com versões flex e gasolina e motores turbo 1.0, é provável que ficarão entre R$ 150 e 160 mil para o Fastback e entre R$ 120 mil e R$ 140 mil para o Pulse. Pode ser também, se a Fiat quiser mesmo entrar com o pé direito na fase dos eletrificados nacionais, que seus primeiros híbridos mantenham os atuais preços sugeridos para os modelos com motor flex a combustão, de forma a se tornarem competitivos com os elétricos e híbridos importados, cada vez mais presentes no panorama automotivo.

A isenção do IPVA para os híbridos da Fiat vendidos em Minas Gerais deverá ser outra vantagem competitiva para as novas versões do Pulse e Fastback. De acordo com a legislação atual, o governo de Minas Gerais, oferece 100% de isenção para veículos elétricos e híbridos fabricados no Estado. Por enquanto esses lançamentos Fiat serão os únicos a se beneficiarem desse incentivo.

No restante do país a situação desse benefício, quando oferecido, é mais abrangente e não se restringe à produção no estado.

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
No Nordeste, Estados como Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte oferecem 100% de isenção do IPVA para carros elétricos e híbridos, enquanto outros, como Piauí e Maranhão, não possuem benefícios ou têm políticas específicas apenas para elétricos.

No Norte a maioria dos estados ainda não oferece benefícios fiscais para veículos elétricos ou híbridos.

No Centro-Oeste, o destaque é o Distrito Federal com 100% de isenção do IPVA para elétricos e híbridos, enquanto outros estados ainda não adotaram medidas incentivadoras.

No Sul, o Paraná oferece isenção total para veículos elétricos e híbridos, enquanto Santa Catarina ainda não apresenta benefícios. Já o Rio Grande do Sul, há isenção de IPVA para modelos totalmente elétricos, mas os modelos híbridos não usufruem desse benefício, bem como motores movidos a gás natural.

(foto: Stellantis/Divulgação)
(foto: Stellantis/Divulgação)
Em São Paulo, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou em setembro de 2023 um Projeto de Lei que cria incentivos fiscais para os proprietários de veículos elétricos. O PL também foi modificado para contemplar apenas veículos híbridos que possam ser movidos a etanol ou automóveis movidos à hidrogênio. Vale lembrar que a capital paulista oferece restituição de 50% do tributo para proprietários de veículos elétricos e híbridos, bem como isenção do rodízio para ambas as categorias.

O Rio de Janeiro, por sua vez, estabelece abatimento do imposto para carros elétricos na alíquota de 0,5% e híbridos de 1,5%, assim como os veículos movidos a gás natural. Já para automóveis produzidos para funcionar movidos apenas a álcool, a alíquota é de 2%.

A chegada das versões híbridas do Pulse e Fastback criam também a expectativa de aumentar a participação desses modelos no mercado brasileiro. No caso do Pulse, sua posição no ranking de emplacamento, segundo a Fenabrave (associação dos revendedores), estava no 19º lugar no acumulado de 2024 até setembro último, com 28.640 unidades. Já o Fastback estava no 15º lugar com 35.600 unidades emplacadas.

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